Apontado como prioridade no Programa de Doenças e Agravos Não-Transmissíveis (DANT) da Secretaria Municipal de Saúde, o plano decenal de morbimortalidade de acidentes de trânsito vem sendo construído por um grupo de trabalho organizado desde maio em Porto Velho. De quarta a sexta-feira desta semana, o grupo está se reunindo no auditório da Fatec para discutir uma proposta preliminar ao projeto, inspirado no Comitê Nacional de Mobilização pela Saúde, Segurança e Paz no Trânsito.
Criado em Brasília em 2007 com a finalidade de diagnosticar a situação de saúde, segurança e paz no trânsito e promover a articulação e definição de estratégias para a melhoria da segurança, o Comitê é formado por representantes de diversos ministérios e órgãos federais.
O Plano que está sendo discutido pelo grupo em Porto Velho até sexta-feira é um conjunto de medidas que pretendem contribuir para a redução das taxas de mortalidade e lesões por acidentes de trânsito no país, através da implementação de ações de fiscalização, educação, saúde infraestrutura e segurança veicular, a curto, médio e longo prazo. A proposta é enfrentar pontos identificados como de vulnerabilidade, estabelecendo parcerias com os mais variados segmentos da sociedade civil.
Nesta quarta-feira, o encontro foi coordenado pela médica-veterinária Régia Martins, coordenadora municipal das Dant/Dvea. O grupo conta também com representantes da secretária municipal de Educação, técnicos do Detran-RO, secretarias municipais do Planejamento (Seplan) e Trânsito (Semtran), além da própria Semusa. No mês passado, um encontro realizado na sede da Angevisa (Agência Estadual de Vigilância Sanitária) serviu para a coleta de sugestões e marcou o início dos debates para a construção do Plano Decenal de Redução da Mortalidade por Pacientes de Trânsito. Segundo Régia, a criação do plano atende às normas definidas na Declaração de Moscou, reunião internacional que determinou a década até 2020 como o decênio de Ações para a Segurança Viária.
Com o auxílio do datashow, os participantes receberam informações sobre exemplos de práticas bem sucedidas que vêm sendo elaboradas em algumas cidades do País, como Belo Horizonte, apontada como modelo de gestão em educação para o trânsito. Segundo relatório da Organização Mundial de Saúde, 1,2 milhão de pessoas morrem a cada ano no mundo em decorrência de acidentes de trânsito. Vítimas que sobrevivem a acidentes ocupam 50% dos leitos nos centros cirúrgicos. Em Porto Velho, ciclistas e motociclistas tem sido as principais vítimas, como revelou Régia.