Rondônia ocupa a quinta posição no ranking nacional de obesidade infantil, com 4,59% das crianças de 0 a 5 anos diagnosticadas com obesidade, de acordo com dados do Centro de Liderança Pública (CLP). O levantamento reforça o alerta sobre o avanço do problema no país e evidencia a necessidade de políticas públicas integradas para enfrentar a questão desde a primeira infância.
O avanço da obesidade infantil tem se consolidado como um dos principais desafios da saúde pública brasileira, exigindo atuação conjunta dos governos estaduais e municipais. Especialistas apontam que o enfrentamento do problema passa, necessariamente, pela articulação entre as áreas de saúde, educação e assistência social, com ações focadas na prevenção, orientação às famílias e promoção de hábitos saudáveis desde os primeiros anos de vida.
Na primeira infância, a obesidade pode provocar impactos físicos e emocionais significativos, como dificuldades motoras, problemas metabólicos, baixa autoestima e maior risco de desenvolvimento de doenças crônicas. Esses efeitos tendem a se estender ao longo da infância e da adolescência, aumentando as chances de complicações na vida adulta.
Situação na Região Norte
Entre os estados da Região Norte, os dados do CLP mostram que o Acre lidera o ranking regional, seguido por Pará (5,70%), Amapá (5,69%), Amazonas (5,08%), Tocantins (4,97%), Rondônia (4,59%) e Roraima (3,48%). As diferenças entre os estados evidenciam desigualdades regionais e reforçam a necessidade de estratégias específicas para cada realidade local.
Cenário nacional preocupa
No cenário nacional, o quadro é ainda mais preocupante. O Ceará apresenta o maior percentual de obesidade infantil do país, com 9,09%, seguido por Sergipe (8,66%), Pernambuco (7,72%), Paraíba (7,66%), Alagoas (7,42%), Rio Grande do Norte (7,14%), Maranhão (6,73%) e Bahia (6,56%).
O levantamento considera crianças de 0 a 5 anos incompletos, classificadas com obesidade quando apresentam percentil superior a 99,9 no Índice de Massa Corporal (IMC), que relaciona peso e estatura à idade.
Os dados funcionam como uma ferramenta estratégica para gestores públicos, permitindo identificar áreas que demandam maior atenção e planejar ações mais eficazes, como programas de alimentação escolar equilibrada, incentivo à atividade física, acompanhamento nutricional e apoio às famílias em situação de vulnerabilidade.
O relatório completo, com ranking por indicador e análises detalhadas, está disponível no site rankingdecompetitividade.org.br, mantido pelo Centro de Liderança Pública (CLP). A divulgação dessas informações reforça a importância do monitoramento contínuo e do compromisso coletivo para garantir um desenvolvimento mais saudável às crianças brasileiras desde a primeira infância.