Menos de cinco por cento dos moradores de Porto Velho e Ananindeua tem acesso a saneamento básico
Foto: Divulgação
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Porto Velho foi destaque na revista Veja de 13 de dezembro, edição 2560. Não por suas belezas naturais, nem por ter um dos melhores transportes coletivos do país, tampouco pela tranquilidade de que desfruta sua população. No quesito saneamento básico, dividimos o pódio da vergonha com Ananindeua, a segunda maior cidade do Pará, com quase quinhentos mil habitantes.
Menos de cinco por cento dos moradores de Porto Velho e Ananindeua tem acesso a saneamento, o que nos coloca como recordistas em doenças causadas pela ausência desse serviço, como diarreia, dengue e leptospirose. Enquanto isso, pessoas perdem tempo discutindo a possibilidade ou não de uma autoridade, que foi condenada pela mais alta corte do país, disputar cargo público, em 2018. Tenham santa paciência!
Poucos são os prefeitos que gostam de investir em saneamento básico e rede de água tratada. E o motivo para isso é muito simples. Além de caras, as obras de saneamento ficam quase sempre enterradas, não se prestam a inaugurações pomposas, com discursos demagógicos, nem impressionam o eleitor. Por isso, é fácil verificar que há sempre uma inversão de prioridades, com as obras de saneamento sendo relegadas a um plano secundário, cedendo lugar ao asfalto casca de ovo e outras ações eleitoreiras, que rendem votos.
Quando foi prefeito de Porto Velho, pela segunda vez (1993 – 1996), José Guedes investiu pesado em saneamento. Exemplo disso é a Rua Rio Janeiro, entre o Trevo do Roque e a Avenida Rogério Weber. Onde antes só havia lama, hoje existem drenagem e rede de esgoto. Mas nem todos pensam e agem assim, preferindo deixar o povo viver no charco e na lama, exposto a todo o tipo de doenças, endêmicas e sociais.
Muita gente vibrou com a recente inauguração de um viaduto, que consumiu milhões de reais dos cofres públicos e foi alvo de investigação do Ministério Público Federal, mas ninguém se preocupa em cobrar das autoridades a execução de uma política de urbanização e saneamento da cidade de Porto Velho, para retirar seu povo do matagal, da lama e dos esgotos a céu aberto. É o retrato do desleixo!
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!