O presidente da Comissão de Agropecuária e Políticas Rurais (CPAR) da Assembleia Legislativa, deputado estadual Luiz Cláudio (PTN) recebeu em seu gabinete nesta segunda-feira (28), do diretor-presidente do Movimento Polo Atacadista de Rondônia, Willy Marques dos Santos, um projeto que visa obter auxílio para promover ações e atividades para implantação de um polo industrial de calçados, bolsas, vestuário, moveleiro e demais acessórios relacionados ao couro no Estado. A ONG está sediada em Cacoal.
Conforme o projeto, o primeiro passo é capacitar instrutores no Senai de São Paulo ou no Rio Grande do Sul e posteriormente, construir e equipar o Centro Tecnológico do Couro e do Calçado – Senai em Cacoal e colocá-lo em operação; construir um curtume integrado e implantar indústria de calçados de pequeno porte.
O presidente da CPAR, deputado Luiz Cláudio disse que a Comissão está à disposição para contribuir para a realização deste projeto e para a capacitação de instrutores no Senai em São Paulo ou no Rio Grande do Sul. Na ocasião, o deputado convidou Willy Santos a participar da audiência pública que será realizada no dia 27 de março na Assembleia Legislativa, para discutir a bovinocultura de Rondônia como agronegócio sustentável, onde o presidente da ONG poderá falar sobre o projeto.
Segundo Willy Santos esta é uma grande oportunidade de desenvolvimento e geração de emprego em Rondônia. Citou que em Franca (SP) tem 27 mil postos de trabalho em tioda a cadeia produtiva de couro do Brasil gerando 340 mil empregos diretos. Salientou que Rondônia produz anualmente dois milhões de pele, beneficiando apenas a China e Indonésia, sendo que nem o ICMS fica no Estado.
De acordo com o presidente da ONG, Rondônia não fica com nada. “Esse investimento está previsto no Plano de desenvolvimento Regional da Amazônia (PDRA). Precisamos de mão de obra qualificada. A cadeia produtiva do couro é a maior geradora de empregos do mundo. A produção de calçados na China é de 8 bilhões, sendo que no Brasil é de 900 milhões e 35% do couro usado na China é brasileiro”, informou.