Devido à grande quantidade de fumaça, o município de Vilhena se encontra em estado de emergência. As queimadas fugiram do controle das autoridades e o que se vê é que algo de imediato precisa ser feito para frear a quantidade estupenda que a população respira de monóxido de carbono e outros gases poluentes.
O mais engraçado é que todas as autoridades engajadas no então ‘combate’ ao fogo em Rondônia sabem muito bem que climatologicamente existem duas estações muito bem definidas; Uma seca e outra chuvosa, ambas com 6 meses de duração cada uma.
Na seca, não chove, a umidade despenca para patamares críticos e o fogo se alastra. Não é de hoje que as queimadas incomodam e muito em Rondônia; Também não é de hoje que a política do meio ambiente local se faz de cega, surda e muda. Até a imprensa, o terceiro maior poder nesse país, se enjoa ao ditar que ações estão sendo tomadas, que políticos, os de cabresto, por via de regras, fazem sua parte e que todo se resolverá. Mentira! Hipocrisia de quem ainda acredita nisso.
Chega a ser demagogo que uma política desse gabarito se prostra com tamanha insatisfação por meio de atitudes impensadas e que no ‘frigir dos ovos’, a população tem sua forma de pensamento como a mais humilde de todas.
Os dados do passado comprovam que a cada 4 anos e, diga-se de passagem, por coincidência ou não, anos políticos, de eleições, a quantidade de queimadas no Brasil surta, do extremo ao vergonhoso, lastimável. E isso não é diferente em Rondônia. Os números estão ai à mostra para qualquer cidadão de que campanhas, metas públicas de reeducação ambiental de nada valem a pena se no mais alto poder hierárquico de comando existe uma administração frouxa, incapaz de autuar, multar ou ditar que nesta terra também existem leis a serem respeitadas.
A prova maior de que as queimadas estão sem controle em Rondônia é vista, respirada e suportada por cada individuo que ainda sobrevive debaixo de uma poluição sufocante.
A quantidade de pessoas com problemas respiratórios no Hospital Regional de Vilhena é imensa. A maioria dos casos verificados está relacionada às doenças respiratórias em decorrência da intensa fumaça.
Nesta quarta-feira, 18, o Sensor MODIS, do satélite AQUA da NASA, captou mais de 100 focos de queimadas na região de Vilhena. Ao todo, foram mais de 500 em Rondônia.