POLÍTICA & MURUPI – Por Léo Ladeia

POLÍTICA & MURUPI – Por Léo Ladeia

POLÍTICA & MURUPI – Por Léo Ladeia

Foto: Divulgação

Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.​

 
Frase do Dia
"“Deus não nos deu isso (camada pré-sal) para que a gente continuasse fazendo burrice. Deus deu mais uma chance”. Presidente Lula
Pauta Políitica de 01a 10
01-Quando uma voz mais alta se alevanta:
A Constituição de 88 tem avanços que nos colocam bem à frente de muita gente, mas que às vezes nos deixam com a orelha vermelha. Diz uma das cláusulas pétreas da Carta que o poder emana do povo e será exercido em seu nome – por analogia, para ele. A lógica, essa coisa “non sense”, diria que o direito se origina também do povo, mas é negada por um ministro que afirma “o povo nunca foi uma boa fonte de direito”, o que em parte justifica decisões de pares seus ao soltar o Maluf por dó e não por direito, Cacciola – que fugiu logo após – o Daniel Dantas, abrindo fogo contra o juiz que o mandou prender e descer a minúcias de como usar o instrumento de contenção, as algemas, por ferirem a dignidade do preso, por acaso banqueiro acusado de suborno, mesmo ferindo o idioma com a “espetacularização”. 
02-Quando uma voz mais alta se alevanta:
Postoque povo nunca foi fonte de direito, que sentença se cumpre que lei é para legislador, a quem recorrer, se o bispo anda em baixa e o Chapolim Colorado só atende no SBT? A pressão popular – diz a pesquisa – tentava barrar candidaturas dos que tem passado pouco louvável, mas de novo, a cláusula pétrea se interpôs e juízes que apoiavam a idéia receberam o “pito” público. Lei de primeiro mundo para país de terceiro, alfineta um juiz. A lógica nos leva a uma lei não escrita: “manda quem pode”. A outra, a non sense, àquela firmada nas pules do jogo do bicho: “só vale o que está escrito”. A falta de leis gerais e justas, a babel jurídica que leva a mais alta corte a decidir sobre a prisão de um sujeito que urinava na rua, o banqueiro preso com algemas ou sobre a utilização de células-tronco leva a uma constatação: alguma coisa está fora da ordem.
03-Esforço hercúleo:
Não é papo. O maior usuário do sistema judiciário do Brasil é a figura conhecida por governo e que por lei é obrigado a recorrer a todas as instâncias. Tudo deságua ao final nas altas cortes: STF, STJ e TSE. Além disso, a tal imunidade parlamentar remete qualquer ação dos parlamentares e de uma série de outros servidores para a análise “lá de cima”. Estima-se que cada ministro do supremo tenha algo em torno de 10 mil ações para julgar. Antes de chegar a ministro cada advogado constrói uma carreira que leva tempo. Assim, os ministros são empossados no auge da forma intelectual, mas não da forma física, o que o limita na tarefa de encarar milhares de processos. De novo, alguma coisa está fora da ordem.   
04-A justiça quando tarda é falha:
Claro que muito tem sido feito para agilizar a justiça, mas a avalanche continua e a suprema corte pode ainda avocar processos que estejam ainda em instâncias inferiores, como no caso Daniel Dantas, por exemplo. O que fazer quando temos uma estrutura de leis que é um emaranhado e que possibilita o uso dos famosos recursos procrastinatórios? Pior. A possibilidade de mudança está a cargo dos que mais se utilizam dos tais recursos – os congressistas e a coisa amorfa chamada governo. Enquanto perdura esse estado de coisas, reduz-se muito a possibilidade de que parlamentares que trocaram a caneta pelo pé de cabra ou a gazua venham a receber alguma condenação, o que acaba gerando o sentimento de impunidade e por extensão o aumento da sanha de quem já conseguiu garfar algum dinheiro público.
05-Como fazer a justiça andar:
A cada dois anos em nível municipal ou geral, a sociedade tem a opção de escolher os seus legítimos representantes pelo voto. As propostas de cada representante nascem do anseio popular e o grau de comprometimento dos candidatos com tais propostas, exige análise criteriosa pelo eleitor. Candidato que tem um processo na justiça pode disputar a eleição com amparo da lei, mas traz o indicativo de que seu nome precisa ser analisado com mais critério. Para ele o pente fino é necessário e o ideal é que fique na geladeira, até que resolva o seu problema na justiça. Melhor escolha, menos problemas, justiça mais rápida e diminuição da sensação de impunidade. É um caminho. O resto é pressão. E funciona.  
06-Ditadura eleitoral:
É de supor que no período eleitoral o volume de informações fosse maior que em outros. Mas, não é assim que funciona. Todos os candidatos são tratados de forma igualitária. Salvo sentença definitiva, todos são castos, puros e podem pleitear a vaga para representar o povo. Nada de show, out-door, propaganda extra, gastos não declarados, e, principalmente, nada de informação a mais que aquela determinada pela lei eleitoral. No mundo da fantasia eleitoral, camisa de força, pescoço, a guilhotina financeira das multas e claro, o silêncio. Pesquisa pode, mas para ser publicada depende da regra que é estabelecida na lei. Centímetros a mais de plotagem num carro, por exemplo, não pode. Ao final, a prestação de contas com CGC, nome, etc. tudo fechado e assinado para não haver dor de cabeça do julgador. O caixa 2, que não é previsto na lei, não existe. Dar uma carona no dia da eleição entretanto, pode gerar uma cassação. Tudo assim: burocrático, insosso e obrigatório.
07-Pesquisas. Ah! As pesquisas...:
Os grandes partidos, empreiteiros de obras públicas, fornecedores, bancos, conglomerados industriais se utilizam de renomados institutos de pesquisas para mapear a aplicação das doações de campanha. Seguem os trâmites, pois com investimentos não se brinca. Escolha bem feita é retorno garantido. Mas, e os que pouco podem oferecer no futuro, salvo uma assessoria, um CDSzinho, uma passagem, como é que ficam? Bem, aí é a vez dos IPMB – Institutos de Pesquisas Meia Boca. Por um troco qualquer, produzem e divulgam à meia boca, o resultado pedido. Por aqui também. Dos sete candidatos a prefeito de Porto Velho, 3 estão em primeiro lugar 4 em segundo e todos os outros em terceiro. Eleição difícil.
08-Dicotomia portovelhense:
Estrada de ferro e isolamento geográfico. Ouro e miséria. Floresta e queimadas. Rio caudaloso e falta de água tratada. Peles-curtas e cutubas. Um novo ciclo de desenvolvimento está em curso e parecia que tudo isso havia terminado, mas eis que de repente, bem no Rio Madeira, uma bifurcação que não existia apareceu. Santo Antonio e Jirau representam investimentos para o município, a possibilidade de recebermos compensações, royalties, mas nada para Porto Velho vem sem uma pendenga. Para quem gosta de mistério, cabala, e esoterismo, a história se repete. A mesa está posta, mas nela não se sentam as duas ganhadoras da obra. A menos que Lula – o presidente, não o molusco – lá esteja.  
09-Oportunidade:
Daniel Dantas, preso, solto, preso, solto, está num novo papel: fala, não fala. Depende da oportunidade. Para um seleto público que ele conhece muito bem, deitou falação e disse tudo o que queria por longas seis horas na Câmara dos Deputados. Escolheu a quem alfinetar e a quem mandar os recados cifrados. Na presença do juiz De Sanctis, calou-se. Sabe como é... hora de falar, falar, mas para o público certo e no lugar certo. É de lei, salvo engano.
10-Oxigênio para o gás:
"O projeto, que prevê a participação majoritária de investidores privados, compreende o transporte de gás de Urucu por gasodutos até Porto Velho e Manaus, numa extensão de 700 km; a adaptação de usinas termelétricas existentes e a construção da linha de transmissão Porto Velho-Rio Branco, com 500 km. Calcula-se uma economia de R$ 200 milhões por ano, uma vez que a geração ficará em torno de US$ 40/Mwh, enquanto o custo médio atual da energia na região é de US$ 100/Mwh." O texto é do "Programa Brasil em Ação". Ambos sepultados. O deputado peruano Miguel Guevara defende a mudança da matriz energética do seu país para o gás. Aqui, com gás abundante, nos damos ao luxo de reinjetar e queimar o gás não comercializado, além de importar gás da temperamental Bolívia. As usinas resolvem o problema do Brasil não o de Rondônia. Vamos lá destemidos. Adatpado da coluna Banzeiros do Zé Carlos de Sá, publicada em 17 de setembro de 2007. Vem aí mais um aniversário.

leoladeia@hotmail.com

Direito ao esquecimento

A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.

Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Qual sua opinião sobre o bloqueio de emendas parlamentares?
Você acredita que a gestão Hildon Chaves realmente teve 90% de aprovação?

* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!

MAIS NOTÍCIAS

Por Editoria

PRIMEIRA PÁGINA

CLASSIFICADOS veja mais

EMPREGOS

PUBLICAÇÕES LEGAIS

DESTAQUES EMPRESARIAIS

EVENTOS