Política em Três Tempos - Por Paulo Queiroz

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Foto: Divulgação

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PMDB da Capital faz proposta a petistas, veta Raupp e pede cabeças. PT ouve e cala. 1 – REUNIÃO PT/PMDB Deu em nada – ou quase isso – uma reunião ocorrida no sábado passado (19) entre uma delegação do Diretório Municipal do PMDB de Porto Velho e integrantes de uma comissão do PT da Capital - a quem se atribui a responsabilidade de montar o projeto de reeleição do prefeito Roberto Sobrinho (PT) - para tratar da proposta de aliança entre os dois partidos. A avaliação é de fonte peemedebista, segundo a qual a expectativa da delegação do diretório do partido era a de que se saísse do encontro com mais de meio caminho andado, sobretudo porque ficara decido não fechar questão sobre nenhum ponto quanto à participação do PMDB num eventual segundo mandato de Sobrinho, pretendendo-se tão somente amarrar o assunto da candidatura à vice-prefeito. Para não dizer que o encontro resultou em pura perda de tempo, os peemedebistas porto-velhenses dizem ter ao menos conseguido mandar um recado para Roberto Sobrinho enfatizando que não apenas dispensam a mediação do presidente Regional da agremiação, senador Valdir Raupp, nas negociações da possível coligação, mas, sobretudo, não aceitam que a provável aliança seja construída com base em qualquer das sugestões em que se consiga identificar as impressões digitais do dirigente. Assim, esperam que, daqui para frente, caso o prefeito e o PT permaneçam interessados no acordo, melhor tratar do assunto segundo uma relação biunívoca entre as duas instâncias partidárias objetos da operação, ou seja, de peemedebista municipal para petista idem, sem interferência de nenhum “capa-preta”. Em outras palavras, entre os peemedebistas da Capital ninguém mais quer saber de Valdir Raupp dando pitaco nas tratativas do PMDB porto-velhense. A atitude seria uma reação à certeza de que, antes de consultar os diretorianos, Raupp os teria entregado a Sobrinho como se fosse um pacote. A comitiva – que tomou a iniciativa de pedir a reunião - era integrada, pelo menos, por Neirival Pedraça, Maria Rita, Antônio Magalhães, Abelardo Castro e Paulo Araújo. 2 – QUESTÃO DO VICE O certo é que os peemedebistas dizem ter deixado claro que não aceitam, nem que a vaca tussa, negociar com base em nenhum dos nomes que a imprensa noticiou como sendo sugestões de Valdir Raupp para vice-prefeito – tais como Iran Gallo, Orestes Muniz, José Augusto ou Emerson Castro. De outra fonte, porém, soube-se que, não bastassem tais vetos, se pediu ainda as cabeças dos secretários Avenilson Trindade (titular do Meio Ambiente) e Pedro Beber (adjunto do Planejamento), porquanto seriam nomeações que resultaram de indicações não chanceladas pelo Diretório. De modo algum, no entanto, concordaram em adiantar um ou mais nomes para a candidatura de vice. E aí foi a vez da vaca tossir no roçado do PT. Para começo de conversa, não vai rolar cabeça de ninguém. Os representantes petistas – entre os quais o ex-vereador Inácio Azevedo e o ex-chefe de Gabinete de Sobrinho Odair Cordeiro – insistiram em saber que nome o grupo teria como candidato a vice-prefeito. Não teve como. Os peemedebistas exigiram que o PT batesse o martelo independente da identificação do interessado. Caso a representação petista tivesse concordado com essa condição, dizem que teriam como fechar a questão nesse patamar, deixando a demanda da participação na eventual segunda administração petista até para depois da eleição. O PT, no entanto, mordeu a corda. A alegação petista foi a de que a comissão ali presente – integrada também por alguém de cuja identidade a memória da fonte lembra apenas tratar-se de um advogado –, ao contrário da delegação peemedebista, não possuía poderes para assegurar que uma decisão daquela magnitude fosse necessariamente acatada pelo Diretório municipal petista, por representar não mais do que três votos naquele fórum. Nessa versão, porém, até porque em ocasiões anteriores pospostas equivalentes às que agora foram apresentadas também chegaram a ser encaminhadas pelos petistas, além das mãos abanando os peemedebistas saíram do encontro com a pulga atrás da orelha. 3 – PLANO “B” DO PT Sobram-lhes razões para tanta estranheza. De fato. Sabe-se que entre os nomes vetados pelos peemedebistas há alguns que o PT considera aceitáveis. Entre estes os de Emerson Castro, de Orestes Muniz (não necessariamente nessa ordem) e José Augusto (agora sim). Significa, como o leitor pode depreender, que os petistas não aceitam qualquer nome para subir no palanque com Sobrinho. E isso leva a conclusão algo óbvia de que, caso o PMDB de Porto Velho insista num nome vetado no PT, a aliança não sai da intenção. E no PT não apenas já se admite essa possibilidade como até se trabalha o nome do professor Israel Xavier Batista, secretário de Planejamento, para vice caso seja necessário acionar o plano “B”. Decorre, a hipótese de chapa puro sangue, não de um suposto excesso de confiança, ou seja, de um clima precoce de “já ganhou”, mas de um temor crescente no PT de que um palanque muito vistoso, além do risco de terminar povoado por siglas algo obesas – com muita banha (tradição/rejeição) e pouca musculatura (votos/aceitação) –, possa despertar no eleitorado a desconfiança de que Sobrinho deva ter vendido mais do que a alma para obter o arranjo. Ademais, dos três nomes que o PT considera palatáveis, dois já disseram não estar interessados. Abordado por um petista designado por Sobrinho para sondá-lo, Orestes Muniz descartou a hipótese. Ao mesmo emissário, José Augusto disse que, em vez de vice, prefere disputar uma vaga de vereador. Sobra Emerson Castro, da predileção de Sobrinho, mas também indicação primordial de Raupp. E esse, pelo jeitão, o PMDB de Porto Velho não engole. Menos pelo nome ser o de Emerson e mais, muito mais, por ser indicação de Raupp. Faz sentido. O que o grupo tentou sábado foi, a rigor, dizer que Raupp não é necessário, oferecendo uma proposta que julgou irrecusável. No frigir dos ovos, fecharia o acordo apenas pelo direito de indicar o vice. Só que o nome que lhes desse na telha. Deu xabu! E, no que depender do PT, Raupp permanece no jogo.
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