MANAUS - O estudante universitário de Matemática e funcionário público da Sociedade de Navegação Portos e Hidrovias (SNPH), João Paulo Souza Costa, 22, foi assassinado ontem, com um tiro de espingarda, quando trabalhava na área de embarque e desembarque de carros no ‘Porto da Balsa’, no bairro São Raimundo, zona Oeste de Manaus. O agricultor Genilson Nogueira da Silva, 30 anos, que confessou o assassinato, foi preso em flagrante, pela Polícia Militar (PM).
A espingarda calibre 28, usada no crime, foi apreendida pelos policiais militares, junto com seis munições intactas. Segundo o sargento da PM Hilton Valente, após o assassinato de João Paulo, Genílson correu para um matagal nas proximidades do porto, em seguida tentou pular o muro de uma casa, próximo ao cemitério Santa Helena, mas acabou levando dois tiros de raspão. Os estilhaços atingiram a perna e o olho do suspeito.
O diretor da SNPH, Rildo Cavalcante, afirmou que o crime aconteceu por volta das 9h30. De acordo com ele, João Paulo trabalhava no recebimento de boletos de pagamento para o embarque de caminhões na balsa, junto com seis colegas.
Ele disse que, conforme o relato de testemunhas, Genílson estava com uma bolsa e se aproximou de João Paulo. Ele sacou uma espingarda, estava enrolada numa flanela e atirou no rapaz pelas costas. Após o crime, ele correu. “Ninguém sabe o motivo pelo qual ele atirou no nosso funcionário, que não teve tempo de reagir”, disse.
Exame de sanidade mental
João Paulo, que era funcionário concursado da SNPH há um ano e meio, foi levado para o Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV). Ele ficou internado no centro cirúrgico, mas não resistiu e morreu.
Genílson foi levado para o 5º Distrito Policial (5?7 DP), depois encaminhado à Delegacia Especializada em Homicídios e Seqüestros (DEHS). Na delegacia, ele disse que mora na zona rural do município de Iranduba (a 27 quilômetros de Manaus) e estava em Manaus para ‘passear’.
Segundo ele, há um mês, João Paulo o ameaçou de morte depois que apartou uma briga que aconteceu dentro do Porto da Balsa. “Ele disse que ia me matar. Quando me viu saindo da balsa, ele pegou um pedaço de ferro e veio para me matar”, disse.
O delegado do 5º DP, Divanilson Cavalcanti, disse que vai solicitar um exame de sanidade mental em Genílson. “Muitas frases dele são desencontradas e contraditórias. Eu acredito que ele tenha algum desvio mental”, afirmou.