EM RONDÔNIA: Paciente morre após Sesau não cumprir decisão judicial

Família acusa SESAU de negligência mesmo com tutela de urgência e cobram ações do Ministério Público

EM RONDÔNIA: Paciente morre após Sesau não cumprir decisão judicial

Foto: Reprodução/Família de Renato e Advogado

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Na manhã desta segunda-feira, 08 de dezembro de 2025, o paciente Renato Camargo de Almeida, de 39 anos, não resistiu e veio a óbito após sofrer parada cardíaca, enquanto seguia internado em estado gravíssimo no Hospital Regional de Vilhena (HRV).
 
A família afirma que, mesmo após a concessão da tutela de urgência que determinava a transferência imediata, a Secretaria de Estado da Saúde de Rondônia (SESAU) não cumpriu a decisão judicial.
 
Revoltados, os familiares denunciam negligência e exigem que o Ministério Público adote providências diante da demora na regulação.
 
Caso foi acompanhado pelo Rota Policial News
 
O Jornal Rota Policial News acompanhou durante toda a sexta-feira, 05 de dezembro, a luta da família para garantir o atendimento especializado que Renato necessitava.
 
Diagnosticado com hemorragia subaracnoide, ele precisava de neurocirurgia e neurointervenção de alta complexidade, procedimentos indisponíveis no HRV.
 
A reportagem, conduzida por Tony Rota, conversou com o diretor da unidade, Frank Yuri Feitosa, além de familiares, entre eles a mãe e o filho de Renato, que expressaram desespero diante do quadro crítico e do risco iminente de morte.
 
 
Ação judicial, liminar deferida e exigência de transferência imediata
 
Diante da gravidade e da falta de resposta da regulação estadual, a família buscou auxílio jurídico. O advogado Isaque Donadon Gardini protocolou uma Ação de Obrigação de Fazer com Pedido de Tutela de Urgência, no plantão judicial, em nome da mãe do paciente, Lorenci de Camargo.
 
A magistrada Kelma Vilela de Oliveira deferiu a liminar, determinando:
 
Transferência imediata do paciente para unidade pública com capacidade de realizar angiografia/arteriografia cerebral e intervenção neurocirúrgica/neurointervencionista;
 
Prazo máximo de 24 horas para que a transferência fosse efetivada;
 
Custeio integral na rede privada caso não houvesse vaga pública no prazo, incluindo UTI, equipe médica, exames, materiais e transporte adequado.
 
A decisão reconhecia que qualquer atraso ampliaria substancialmente o risco de ressangramento e óbito.
 
 
Família acusa Estado e Município de não cumprir decisão judicial
 
Apesar da tutela concedida, familiares relatam que nenhuma transferência ocorreu porque a SESAU não disponibilizou leito nem transporte especializado dentro do prazo determinado.
 
Indignados, afirmam que houve omissão e negligência por parte dos órgãos estaduais de saúde, e pedem que o Ministério Público investigue a responsabilidade pelas falhas que, segundo eles, contribuíram para o desfecho fatal.
 
O Jornal abre espaço para que as secretárias de saúde deem uas versões quanto aos fatos relatados pela família e por quais motivos houve o descumprimento da liminar.
 
 
Orçamento privado ultrapassava R$ 1 milhão
 
Sem resposta do Estado, a família chegou a solicitar orçamento no Hospital Cooperar, onde o tratamento ultrapassava R$ 1 milhão, valor impossível de ser custeado pela família, motivo pelo qual insistiam para que o poder público cumprisse a decisão judicial.
 
 
Órgãos municipais afirmam ter feito sua parte
 
A Prefeitura de Vilhena e a Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS) informaram à reportagem que cumpriram todos os protocolos, entregando à SESAU toda a documentação necessária.
 
Segundo o HRV, o município aguardava apenas que o Estado liberasse o leito e o transporte especializado, responsabilidades diretas do Governo de Rondônia.
 
 
Velório
 
O velório de Renato Camargo de Almeida ocorre na Capela Mortuária do Cristo Rei. O sepultamento ocorrerá ainda hoje, sem horário definido até o momento.
 
 
O jornal se solidariza
 
O Jornal Rota Policial News manifesta solidariedade à família, que enfrentou dias de angústia, espera e busca desesperada por atendimento especializado.
 
O jornal mantém aberto o espaço para que a SESAU e o Governo de Rondônia enviem suas explicações sobre:
 
o motivo da não transferência do paciente dentro do prazo;
 
as medidas que pretendem adotar após o ocorrido;
 
e quais providências serão tomadas para evitar que casos semelhantes se repitam.
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