Há 19 dias, um grande incêndio está devastando o Parque Estadual Guajará-Mirim, uma unidade de conservação em Rondônia.
De acordo com o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), o fogo já comprometeu uma extensa área do parque.
Imagens de satélite e aéreas revelam a magnitude da fumaça e das chamas, assim como os focos do incêndio.
Ainda não há informações sobre a causa do incêndio. O Prevfogo relata que há quatro frentes de fogo no parque, mas os brigadistas estão atuando em apenas duas, devido à falta de aeronaves.
O Prevfogo foi acionado para combater o incêndio no dia 12 de julho, embora o fogo tenha sido identificado no dia 11. Seis dias depois, em 18 de julho, uma equipe foi enviada ao local.
A equipe inicial conta com 12 pessoas, número considerado insuficiente para a operação, agravada pela falta de apoio aéreo. Foi solicitado o envio de mais 12 pessoas para ajudar no combate.
Equipes da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), do Batalhão da Polícia Ambiental e da Polícia Militar também mobilizaram pessoal e recursos terrestres para combater as chamas.
A Sedam informou que uma base de combate foi estabelecida no parque para iniciar as operações. Segundo a secretaria, o incêndio é "aparentemente criminoso", começando à beira da estrada e se espalhando para dentro da mata.
Área
O Parque Estadual de Guajará-Mirim é uma área de proteção integral com aproximadamente 220 mil hectares, localizada na zona rural de Nova Mamoré.
Criado há mais de 30 anos pelo Decreto Nº 4.575 de 23 de março de 1990, a região tem sofrido devastação devido à presença de invasores.
Os crimes mais comuns incluem extração ilegal de madeira, desmatamento, incêndios, pastagem, caça e pesca ilegais, e grilagem de terras.
A preservação do parque é crucial, pois abriga diversas espécies de flora e fauna ameaçadas de extinção, quase ameaçadas ou vulneráveis.