VENEZUELA: Imigrantes que vivem em RO frustram sonho de retornar ao país

O sonho de voltar para casa e viver numa nação democrática foi frustrado

VENEZUELA: Imigrantes que vivem em RO frustram sonho de retornar ao país

Foto: Divulgação

O sonho de voltar para casa e viver numa nação democrática foi frustrado por venezuelanos que vivem no Brasil. Após concluir a apuração de votos, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ainda não divulgou dados oficiais da adesão dos eleitores. A votação nas eleições presidenciais da Venezuela se encerrou às 19h deste domingo (28), no horário de Brasília. A adesão às urnas foi de menos de 60% dos eleitores, conforme avalia as campanhas dos candidatos.

 

Pelo que foi anunciado previamente pelo CNE, Nícolas Maduro terá um novo mandato de seis anos e ficará no poder até janeiro de 2031. Ele teve 51,2% dos votos, somando 5.150.092 votos, segundo o órgão eleitoral, que é alinhado ao presidente. O principal adversário, Edmundo González, teve 44,2%, totalizando 4.445.978 votos. Partido da oposição suspeita do resultado divulgado e alega que Gonzáles obteve 70% dos votos.

 

Em Porto Velho, alguns refugiados se disseram decepcionados com o resultado prévio anunciado porque sonhavam retornar para o país de origem. É o caso de Ramon Gomez Moreno que esperava o fim da ditadura para regressar ao país e retomar suas atividades e convivência unida com a família. Maritza Medina também é outra venezuelana que ainda sonha com a pátria livre e retomando o crescimento. Ela desconfia do resultado final e acreditava no fim do governo chavista.

 

Alguns imigrantes que buscaram refúgio no Brasil fizeram questão de participar do processo eleitoral e foram até Brasília para votar em seção eleitoral montada na Embaixada da Venezuela.   

 

Ouvido pela Agência Brasil, o jornalista Manuel Quilarque disse que viajou de São Paulo a Brasília (cerca de 1 mil km de distância) para votar nas eleições que escolheu o governante para o período entre 2025 e 2031. Ele e outros eleitores que estiveram na seção eleitoral na Embaixada da Venezuela, na capital do Brasil, no domingo, manifestaram o desejo de mudança e que o resultado das urnas seja respeitado pelas autoridades.

 

“Estamos muito esperançosos para poder recuperar a liberdade no nosso país, que a gente consiga finalmente ter um processo de reinstitucionalização. E também que as pessoas que estão fora da Venezuela, em situação de vulnerabilidade, que estão passando por muita dificuldade, consigam, enfim, voltar para o país em condições favoráveis”, disse.

 

A analista de sistemas Sônia Mejia também viajou de São Paulo para Brasília para votar. Ela está há 17 anos no Brasil onde trabalha com confeitaria. Ela espera que “a vontade de todos os venezuelanos” seja respeitada e que o país possa “sair de toda essa situação que está”.

 

“Que seja um resultado para progresso da Venezuela, uma Venezuela livre, próspera, abundante e que desabroche”, disse. “Eu queria fazer meu voto e fazer alguma coisa para mudar, porque eu acredito que, se a gente quer uma mudança no mundo, no país, em qualquer coisa, você tem que fazer algo. Então, eu queria exercer meu direito e votar, e aqui estou, já votei, estou feliz. E esperamos que tudo seja para o bem da Venezuela”, completou.

 

Economia

O país sul-americano enfrenta um bloqueio financeiro e comercial pelo menos desde 2017, quando potências como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e União Europeia passaram a não reconhecer a legitimidade do governo Maduro. O país vizinho também passou por grave crise econômica no período, com hiperinflação e perda de cerca de 75% do PIB (Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços produzidos no país), o que resultou na migração de mais de 7 milhões de pessoas.

 

Desde meados de 2021, o país vem mostrando alguma recuperação econômica. A hiperinflação foi controlada, e a economia voltou a crescer em 2022 e 2023, porém, os salários continuam baixos e os serviços públicos deteriorados.

 

Desde 2022, o embargo econômico vem sendo parcialmente flexibilizado e um acordo entre oposição e governo foi firmado para as eleições deste ano. Porém, denúncias de prisões de opositores nos últimos dias e recusas a assinar acordo para respeitar o resultado eleitoral por alguns candidatos da oposição, entre eles, o favorito Edmundo González, jogam dúvidas sobre o dia após a votação.

 

Da Redação e com informações da Agência Brasil

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