NA PRAÇA ALUÍZIO: Lixo cheio de tapurus é jogado na rua por falta de sacos para coleta

Garis afirmam que prefeitura reduziu o número de sacos de lixo e, em alguns casos, eles próprios compram o material para não juntar na rua

Há quase um mês, garis que atuam na Praça Aluízio Ferreira, em Porto Velho, afirmam estarem sofrendo com a falta de materiais para trabalhar. O saco de lixo, um dos principais materiais para o serviço deles, está escasso.
 
A reportagem foi até ao local e conversou com esses trabalhadores sobre a situação. Eles explicaram que a diminuição na distribuição dos sacos de lixo começou gradativamente, por parte da prefeitura.
 
Antes eles estavam deixando para a gente de 40 a 50 sacos de 100 litros, aí começaram a reduzir para 30, depois para 20 e agora nada. O que estão fazendo é enviando sacos de 30 litros para a gente, mas esses sacos são muito pequenos, acabam rápido e são muito frágeis”, disse um servidor que pediu para não ser identificado.
 
Sacos de lixo de 30 litros entregues para os servidores | Foto: William Ferreira 'Homem do Tempo'
 
Com a falta desse material, a execução do trabalho se torna um problema. Isso porque, sem sacos suficientes, os servidores não conseguem embalar o lixo para ser removido pela equipe de coleta. O servidor conta que desde que os sacos foram reduzidos para 30 litros, as lixeiras começaram a ficar cheias.
 
Logo quando eles pararam de fornecer os sacos grandes, a gente ainda trazia uns de 100 litros de casa. Mas, agora, a gente não consegue mais tirar do nosso bolso e como vocês podem ver nas imagens, as lixeiras estão lotadas e podres”, explicou.
 
Lixo com tapurus é depositado na rua | Foto: Reprodução
 
Lixo na rua
 
Uma outra servidora também falou ao repórter William Ferreira 'Homem do Tempo', que estava comprando sacos grandes para recolher todo o material dos cestos.
 
Ontem eu comprei para limpar aqui. Eu trabalho em outra praça e lá também não tem sacos de lixo. Eles mandam a gente fazer o monte na beira da rua e eles não catam esse lixo”, declarou.
 
Por isso, os servidores contam que já sinalizaram que os cestos estão cheios e com larvas. Mas afirmam terem sidos orientados a retirar o material dos cestos e jogarem nas margens da rua para ser coletado pelo serviço urbano.
 
Lixo é jogado no canto da rua para coleta | Foto: William Ferreira 'Homem do Tempo'
 
Então é isso que tá acontecendo. A gente tá tendo que tirar o lixo dos cestos e jogar no meio da rua porque não tem sacos suficientes”, declarou.
 
Perigo à saúde
 
A Praça Aluízio Ferreira conta com cerca de 20 cestos de lixo. Todo o material depositado neles, deveriam ser retirados pelos garis, ensacados e prontos para serem coletados. Sem os sacos, o material começa a ficar espalhado, podendo causar uma série de problemas, tanto visualmente como de saúde pública, já que o lixo atrai ratos, urubus, pombos e outros insetos.
 
“Esse lixo é perigoso porque tem de tudo nele. É máscara, fralda descartável, comida tudo”, finalizou o servidor.
 
 
Resposta
 
Em nota, a prefeitura afirmou que no último processo licitatório, duas empresa venceram o certame, mas uma não cumpriu com as especificações previstas no edital. Por isso, existe a escassez do material.
 
No entanto, a prefeitura afirmou estar com um novo processo de licitação em andamento para solucionar o problema. Veja a nota abaixo:
 
De acordo com a Secretaria Municipal de Serviços Básicos, na última licitação duas empresas foram vencedoras do certamente para o fornecimento de sacos de lixos, uma empresa cumpriu corretamente as especificações contidas na licitação, mas a outra não, o que ocasionou o desabastecimento de sacos de lixos de 100 litros, porém, no momento, estão sendo usados sacos de lixos de 50 litros, até que o novo processo licitatório, que está em fase final, seja concluído. 
 
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