Sem conclusão do sistema elétrico, apagões vão continuar, diz presidente do Sindur
Foto: Divulgação
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O presidente do Sindicato dos Urbanitários, que reúne os trabalhadores do setor elétrico do estado, Nailor Gato, disse nesta segunda-
feira (21), que os apagões registrados com frequência nas últimas semanas nos estados de Rondônia e Acre estão longe de acabar.
A afirmação do sindicalista está baseada numa explicação técnica, sobre um problema causado pela falta de recursos para a compra do combustível usado pela Eletrobrás distribuidora para gerar energia.
Aliado a isso, explicou Nailor, está à demissão de 20% da mão de obra, determinada pela direção nacional da empresa.
Nailor explicou que o fornecimento de energia sofre constantes interrupções a partir do momento em que um problema é detectado no sistema. Se a falha aparece numa unidade do sudeste, por exemplo, o próprio sistema vem desligando gradualmente os equipamentos ao longo das linhas, atingindo o ponto gerador, neste caso, Rondônia.
“Todo sistema é um sistema forte, porque Rondônia é um dos maiores produtores de energia do país, o que está ocorrendo é problemas na flutuação. A questão é: é importante que a Termonorte esteja no sistema, porque eles fazem a flutuação. Qualquer balanço que ocorra, eles elevam a carga e fazem o controle”, observa.
Na defesa dos trabalhadores, o presidente do Sindur foi mais a fundo, e disse também que os apagões seriam resolvidos se as bancadas do Acre e de Rondônia se unissem para pressionar o governo federal a liberar os recursos para a compra do combustível, como ocorria a pouco tempo.
“O problema é que por uma questão política que a Eletrobrás tinha que tomar, fornecendo um milhão de litros diários para a Termonorte ou ela mantinha essas vinte e seis localidades. Então, ela fez uma opção política, porque o tesouro não está repassando o dinheiro que tinha que repassar pro combustível. Ai ela fez a opção. Então, a Eletrobrás decidiu não desabastecer essas localidades com o combustível que tinha, confiando que o sistema não iria apresentar problemas, e tai o que vem acontecendo, mas para mim, a decisão da Eletrobrás foi correta”, observou Nailor.
De acordo com o sindicalista, a Eletrobrás Rondônia/Acre arrecada uma média de R$ 7 milhões/dia, mas esses recursos não são suficientes para o pagamento das despesas e a compra do combustível necessário.
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