Rondonienses são presos acusados compor bando que praticava estelionato

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Foto: Divulgação

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A Polícia Civil de Vilhena, em contato com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, conseguiu prender quatro suspeitos, acusados de “alugarem” contas bancárias em seus nomes para a ação de uma quadrilha interestadual especializada em estelionatos em Vilhena, Rio de Janeiro e Cuiabá.

Foram presos EDINEI F. M., 27 anos; ODAIR N.S, 29 anos; ORLANDO S.B, 36 anos e JACKSON C.D.S.L, 18 anos, moradores de Vilhena, que estavam “alugando” contas bancárias abertas em Rondônia, utilizadas por um apenado de Cuiabá-MT, identificado como SIDNEI F.M.

Segundo a Polícia, os métodos utilizados pela organização criminosa variavam entre lucrativas fraudes praticadas utilizando-se de ligações telefônicas.

Relatam os policiais, que um dos golpes se trata do chamado “FALSO MECÂNICO”, onde a pessoa se identifica para a vítima como sendo um parente dizendo que está em viagem e o carro quebrou, pedindo urgentemente para a vítima depositar um valor na conta do “mecânico”, o que na verdade não passa de um teatro, um artifício utilizado.

Outro golpe, desta vez direcionado a empresas, trata-se do “VALOR A MAIOR”, onde o estelionatário encomenda um produto de uma empresa de outra cidade (peças de carros, por exemplo) e faz um falso depósito (envelope de depósito vazio) na conta da empresa, com o valor a maior que o cobrado pelo produto, solicitando da empresa, urgentemente, devolução do valor falsamente depositado a maior, conseguindo, assim, que a empresa restitua um valor que posteriormente vem a descobrir que fora depositado num envelope vazio.

Um terceiro golpe; E segundo a Polícia, talvez o mais conhecido, aplicado por essa quadrilha, é o do “FALSO SEQUESTRO”, onde o infrator liga para a vítima e a coloca para falar com um terceiro que, se passando por um parente da vítima, aos gritos, diz que está sequestrado, pedindo então os infratores para a vítima depositar imediatamente o resgate na conta utilizada para praticar a fraude.

Os valores movimentados pelos infratores são altos. Somente em dois casos analisados pela equipe de investigação, foram depositados R$ 11.900 por vítimas do Rio de Janeiro que caíram nesse golpe. O preso ORLANDO, chegou a afirmar que, em determinado momento, recebeu R$ 25.000 em sua conta, preocupando-se com o valor movimentado.

Foi descoberto pela investigação da Polícia Civil que os presos ODAIR, ORLANDO e JACKSON, moradores de Vilhena, “alugavam” suas contas correntes, em variados bancos, por 10% (dez por cento) do valor de cada fraude aplicada, enquanto que EDINEI conseguia agenciar os proprietários da conta, agindo com um irmão, preso em Cuiabá-MT (SIDNEI F.M), que segundo a Polícia, aplicava, junto com outros apenados, através de ligações telefônicas os referidos golpes. Todos os presos confessaram a participação no crime.

Dessa forma, a associação criminosa age em variados estados da federação, com integrantes em variadas localidades com divisão de funções (aluguéis de contas correntes, agenciadores, executores).

Na semana passada, agentes da Polícia Civil de Vilhena conseguiram evitar um golpe que seria aplicado num casal de idosos, no chamado “Falso Sequestro”, onde as vítimas já estavam buscando concessionárias para vender um carro, a fim de pagar o falso “resgate”.

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