Aproximadamente duzentos moradores do bairro Triângulo realizaram uma manifestação em frente à sede do Consórcio Santo Antônio Energia, localizado na Estrada do Santo Antônio em Porto Velho.
Os manifestantes reclamam da falta de amparo necessário após o sedimento de vários pontos da margem do rio Madeira, oriundo da construção da Hidrelétrica de Santo Antônio. Há seis meses essa comunidade teve partes de suas residências comprometidas e até o momento não receberam as medidas compensatórias provenientes.
Entre as principais reivindicações realizadas pelos manifestantes está o reconhecimento de 118 famílias que de acordo com eles, foram diretamente afetadas pelo desmoronamento da margem e querem indenização e moradia definitiva.
Por enquanto, o consórcio paga estadia em um hotel para várias famílias que tiveram de sair de suas residências após o inicio o sedimento da beira do rio. Muitos reclamam que famílias foram separadas de suas residências e vivem em pontos distintos cedidos pelo consórcio. O grande numero de idosos que moram nesses hotéis também é preocupante, pois muitos deles estão acostumados com uma rotina diferente de vida e podem sofrer com problemas envolvendo angústia e depressão.
Perigo
Neste sábado (28), parte do barranco do rio Madeira, na altura do bairro, desmoronou, levando para o rio as pedras colocadas no local pela Santo Antônio Energia quando ocorreram os primeiros desabamentos.
“Queremos abrir uma processo de negociação coletiva das famílias atingidas com a Santo Antônio Energia para pautar nossas reivindicações. Também viemos denunciar a violação dos direitos humanos perpetrada pela dona da barragem” afirma Miqueias Ribeiro, militante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).