No dia 30 de abril de 1912 foi fixado um prego de ouro no último dormente da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, simbolizando o final da construção da ferrovia, em Guajará Mirim. Um século depois, o prego de ouro nunca foi encontrado e há historiadores que consideram isso como lenda. Mas o fato é que a maior obra épica do século 18 completa 100 anos, simbolizado pelo imaginário popular do prego de ouro. E para marcar a data a Academia Guajaramirense de Letras (AGL) realizará uma solenidade na Câmara Municipal, a partir das 19 horas do dia 30 de abril.
O evento terá palestras sobre os 100 anos da ferrovia. Uma das abordagens mostrará que a EFMM jamais foi a "Ferrovia do Diabo", em face das ações sócioeconômicas que envolveram todo o processo de sua implantação e ação empreendedora. A ferrovia foi responsável pela fundação de Porto Velho e Guajará-Mirim, além de outros núcleos, como Jacy-Paraná e Abunã.
Paulo Saldanha, Presidente da Academia Guajaramirense de Letras, diz que a ferrovia Madeira-Mamoré foi uma obra de integração de dois povos e só o bem produziu e que chegou a hora de recuperá-la, nem que seja para fins turísticos.