ALERTA - A imundice dos restaurantes e lanchonetes de Porto Velho – Por Paulo Ayres

O diagnóstico dos restaurantes, lanchonetes e similares em Porto Velho no contexto geral é de reprovação, com raríssimas exceções. O principal problema não consiste basicamente na qualidade da comida disponibilizada, mas seguramente no despreparo total do

ALERTA - A imundice dos restaurantes e lanchonetes de Porto Velho – Por Paulo Ayres

Foto: Divulgação

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O diagnóstico dos restaurantes, lanchonetes e similares em Porto Velho no contexto geral é de reprovação, com raríssimas exceções. O principal problema não consiste basicamente na qualidade da comida disponibilizada, mas seguramente no despreparo total dos recursos humanos que atuam neste sistema. A falta de limpeza, a falta de preparo de garçons e garçonetes, os sanitários imundos, somam a incômoda figura dos fumantes, via de regra, mal educados, ignorantes, cheios de razão.

O recolhimento dos utensílios deixados numa mesa é digno de registro. Parece até que os restaurantes desconhecem um equipamento chamado de bandeja. Após minutos expostos, é que alguém consegue detectar a necessidade do recolhimento das sobras dos alimentos. Agora, vem o pior. O problema é quando se realiza a tal limpeza da mesa. Geralmente o garçom pega um pedacinho de pano imundo (de mil utilidades) e simplesmente raspa a sujeira para o chão, às vezes até mesmo caindo nos pés dos fregueses que estão na mesa.

Recentemente num restaurante especializado em comida chinesa, uma cena chamou ainda mais a atenção. A garçonete simplesmente raspou a sujeira da mesa com a mão, e em seguida como se nada de anormal tivesse fazendo, foi buscar alguns copos, e obviamente com os seus dedinhos impuros pegando por dentro dos copos (o que já é um procedimento errado). Parece ser difícil se recolher a toalha para jogar os restos de comida no lixeiro. Isto acontece até mesmo em restaurantes de porte médio e grande. Existem ocasiões que a repugnância é grande, quando se detecta o grande amontoado de lixo debaixo e ao redor da mesa.

 O banheiro da grande maioria destes locais é de total imundice. Os gestores se esquecem de manter uma higienização do local. Em algumas ocasiões o fedor é tão grande que compromete até mesmo a permanência dos freqüentadores diante do odor reinante. Existe, no entanto um restaurante especializado em comida regional, que não disponibiliza um sanitário digno, e sim uma autêntica privada, como nos velhos tempos chamados de “cagador” (simplesmente não existe a figura do vaso sanitário).

 É preciso ainda se observar a qualidade dos produtos. Num determinado restaurante, conhecido como “soparia”, chega-se a cobrar R$ 10,00 por uma canja de galinha, mas, no entanto o golpe é certo: 60% de cenoura, 30% de batata, 10% de água e apenas três pedacinhos de galinha.

 Agora a postura de garçons e garçonetes é um destaque a parte. Garçons com coceira, não sabem colocar pratos e copos sobre a mesa, alguns com preguiça repassam esta tarefa para o usuário. Agora, cômico mesmo foi o garçom que servia a sopa melando os dedos. O freguês irritado solicitou uma sopa mais quente. Ao repetir o pedido, e diante da reação do garçom, foi então lhe explicado – “quero uma sopa bem quente que você não consiga colocar o dedo dentro do prato, melando os mesmos com a sopa a ser servida”.

 Existem inúmeros registros de despreparo destes profissionais, mas destaco o caso de um garçom, de uma determinada pizzaria, que diante da situação de duas freguesas conversarem sobre o pedido a ser feito, ele interrompe bruscamente e em tom ríspido afirmar  - “silêncio, agora só uma faz o pedido”. Isto aconteceu lá pelas “bandas” da Avenida Amazonas.  O mau atendimento é gritante, e em alguns casos diante da demora, alguns clientes acabam indo embora. O gerentes também despreparados se irritam com reclamações e em outros casos, simplesmente ignoram a situação.

 Casos de pizzarias e lanchonetes clandestinas é uma realidade. Sem alvará de nada, estes estabelecimentos aproveitam somente o período da noite para funcionar. Como em Porto Velho se desconhece efetivamente a atuação da  fiscalização da vigilância sanitária, se instala então o caos, e dane-se o consumidor.  Uma antiga pizzaria clandestina nos arredores do centro da capital, o dono é quem também prepara a pizza, mas, num intervalo e outro aproveita para dar uma coçadinha na “frieira” dos pés. Num “restaurantezinho” destes, de dia vende-se galinha e a noite, socorro!

 Comida a quilo é um grande desafio. Até mesmo em restaurantes de grande porte, as moscas e outros insetos disputam espaços com os alimentos e verduras. Se fizer reclamação, o gerente ou na ausência deste o caixa fecha a cara, fica em silêncio, ignorando a reclamação. Faltam ainda condições adequadas para a exposição dos alimentos, além disso, não existe uma fiscalização permanente dos restaurantes, para observar as condições dos produtos expostos. Então é cliente devolvendo alimento, criança metendo o dedo, gente falando ao celular em cima dos alimentos, gente falando e cuspindo dentro praticamente do buffet.

 As lanchonetes protagonizam mesmo um clima de terror.  Raríssimas possuem condições adequadas para a higienização dos produtos. A água é armazenada em baldes. Os pratos e copos, lavados de qualquer jeito para economizar água. Produtos mal armazenados. Ratos e baratas desfilam pelos arredores, calçadas e esgotos.  Restos dos alimentos jogados ao chão, contribuindo ainda mais para a desqualificação destes locais. Uma visão do “inferno”.

 

Autor:  Paulo Ayres – Tecnólogo em Gestão de Recursos Humanos, Professor, Jornalista, Radialista, e Técnico Legislativo. Contatos: celular 8116-9750 e email – pauloayres_jornalista@hotmail.com

 

Por: Ipam

Fotos: Ipam

 

 

 

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