Os defensores de Acir “ficha-limpa” Gurgacz atacam por e-mail
Foto: Divulgação
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Puxa-saco
Um tal que assina em nome de Fernando Pessoa Reis enviou um e-mail me chamando de mentiroso no que diz respeito as notas públicadas por esta coluna no último dia 15 sobre os “fichas-limpa” do PDT. O tal, que não tem coragem de assinar com o próprio nome, disse que Acir Gurgacz teria lhe enviado “certidões negativas” que comprovariam sua idoneidade. Nunca disse que Acir era bandido, disse que ele responde a processos em Rondônia, Amazonas e Paraná. Aliás, no Amazonas, ele foi condenado em Primeira Instância no processo 001.05.001041-8 que corre na 2ª Vara da Fazenda Pública Municipal. Portanto, ele possui condenação em Primeira Instância, o que, pelo projeto “Ficha Limpa” o impediria de ser candidato.
Outra
Acir na verdade responde a um total de 200 processos judiciais, inclusive por estelionato, falsidade ideológica e uso de documento falso. A Empresa União Cascavel de Transportes e Turismo, que o tem como um dos sócios, é acusada pelo Ministério Público Federal no Amazonas de fraudar um empréstimo de R$ 19 milhões do Banco da Amazônia (Basa). Segundo a denúncia de 2006, para receber o empréstimo a empresa apresentou ônibus como se tivessem sido produzidos em 2004. Mas perícia determinada pela Justiça mostrou que os chassis eram de 1993. O banco forneceu R$ 290 mil para a compra de cada ônibus, mas o chassi antigo teria custado só R$ 12 mil. Foi por isso que a PF invadiu a casa de Gurgacz. Agora, aturar discurso hipócrita feito por pessoas que dizem ter a “ficha limpa” é um pouco demais. Eu defendo o movimento e continuo afirmando, Acir Gurgacz, Ruy Parra Motta e Jair Ramires têm condenações em Primeira Instância e pelo projeto não deveriam concorrer a cargos públicos. Se o PDT quisesse realmente moralizar a política, poderia começar entregando os cargos ocupados tanto por Ruy quanto por Ramires. Isso sim, seria uma demonstração de boa vontade.
Encerrando
Quem vive em Rondônia desde a década de 80 sabe muito bem que Olavo Pires venceria as eleições de 1990. A pesquisa do Jornal Nacional que apresentava o então senador com uma rejeição de 49% havia sido paga. A única forma de Olavo perder aquela eleição era morrendo, o que aconteceu. Quanto a confissão do sujeito que foi preso recentemente, que afirmou ter matado o senador por “desavenças pessoais” não é novidade nenhuma. A CPI da Pistolagem já sabia disso. Mas a CPI também acusou diretamente Assis Gurgacz, o pai de Acir: “Página 34 do Relatório Final da CPI da Pistolagem: O senador Olavo Pires, desde o início de sua campanha ao governo do Estado, defendia posições que inquietavam a vários grupos econômicos influentes em Rondônia. A inquietação era maior, sem dúvida, por parte do senhor Assis Gurgacz (o "Assis Cascavel"): o senador sistematicamente denunciava o virtual monopólio exercido por empresa do "Assis da Cascavel" nas comunicações rodoviárias em todo o Estado. Olavo Pires proclamava abertamente e a todo instante que, dentre seus principais objetivos de governo encontrava-se o de "estourar" o monopólio de Gurgacz. - Página 36 - As investigações levam a conclusão de que Olavo Pires foi assassinado por Carlos Leonor de Macedo, autor material do crime, que nutria, e propagava, ódio mortal ao senador, tudo em concurso de agentes com joão Ferreira Lima, sob fortes suspeitas de terem agido a mando de esquema liderado pelo senhor Assis Gurgacz, que agregava em torno de sua liderança o atual vice-governador Assis Canuto.
Esclarecendo
Para quem não é daqui vai um rápido esclarecimento. Em 1990 disputavam as eleições para Governo do Estado o senador Olavo Pires, Valdir Raupp e Osvaldo Piana. O primeiro turno já tinha sido vencido por Olavo que disputava o segundo turno com Raupp e venceria com folga. No dia 16 de outubro, ao sair de seu veículo que estava em frente a sua empresa, a Vepesa Motorauto (o prédio grande, ao lado da TV Rondônia na Av. Jorge Teixeira), o senador foi fuzilado a tiros de metralhadora diante de 30 testemunhas, que eram professores que tinham uma reunião marcada naquele local. Osvaldo Piana, que havia ficado em terceiro lugar no Primeiro Turno disputou com Raupp e venceu. O vice de Piana era Assis Canuto, de Ji-Paraná, amigo pessoal da família Gurgacz. O crime nunca foi completamente esclarecido e a CPI da Pistolagem apontou Assis Gurgacz como o principal suspeito de ser o mandante.
Até porque
O carro utilizado no crime pertencia a Assembléia Legislativa, cujo presidente era Osvaldo Piana. A logística do crime, a arma utilizada e a precisão descartava um crime passional, motivado apenas pelo ódio. O crime foi planejado e os envolvidos tiveram cobertura política e financeira. A Polícia Civil de Rondônia cometeu uma série de erros primários, faltou vontade política para investigar e se não fosse a CPI da Pistolagem nem o que sabemos atualmente continuaria nas sombras.
Maldade
Comentário corrente no aeroporto hoje era sobre o vôo que chegaria por volta do meio-dia de Brasília. Dizia-se que os 24 deputados estaduais estavam na aeronave e que os suplentes estavam torcendo para que a mesma caísse, “só assim a Assembléia renovava 100%”, disse um gaiato. Pura maldade.
Detran enrolado
O sistema do Detran está complicado e os despachantes estão reclamando da demora em “rodar” os documentos de transferência. Um deles me disse que “o sistema tem hora que está no ar, tem hora que está fora e a gente não entende mais nada”.
R$ 15 mil
Esse é o valor que o Dnit qure pagar de indenização a 45 famílias que vivem no bairro da Balsa. A justificativa seria a construção da ponte sobre o Rio Madeira. A associação de moradores quer que a ponte seja construída em outro local, “até mesmo para diminuir o trânsito nas avenidas Jorge Teixeira e Migrantes” disse um dos moradores. O argumento da população faz sentido. A construção de uma ponte naquele local iria sobrecarregar ainda mais a área com trânsito pesado. Existe uma alternativa que seria a construção do anel víário, acabando na ponte nas próximidades da comunidade Santa Marcelina. Por ali, desafogaria o trafego inclusive na entrada da cidade.
Unificação
A unificação de vários documentos deve se tornar realidade. Após a aprovação no Congresso na noite de quarta-feira, o projeto depende agora da sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com a proposta, vários documentos serão unificados com o mesmo número: o Cadastro de Pessoa Física (CPF), a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e o passaporte, além de quaisquer outros documentos necessários ao cidadão. O objetivo é que todos passem a ter o mesmo número do Registro da Identidade Civil à medida que forem sendo expedidos.
Transposição
Não vou falar sobre a aprovação da PEC. Chega desse assunto. Vamos esperar apenas que essa novela acabe logo.
Imprensa
O vice-presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Tarcísio Holanda, defendeu nesta quinta-feira, na Câmara, a regulamentação da profissão de jornalista por meio de emenda à Constituição, para que a medida não possa ser contestada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Neste momento, está em discussão na Casa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 386/09, do deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que restabelece a necessidade de curso superior específico para atuar na profissão. Também tramita na Câmara, o Projeto de Lei 5592/09, do deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), que reafirma a exigência do diploma de jornalismo e o registro profissional como requisitos para o exercício da profissão em empresas de comunicação.
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