O Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Rondônia (SINDSEF), Herclus Coelho, classificou como absurda a declaração do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, sobre quebra de acordo com os servidores federais por causa da crise nos EUA. Em declaração, o ministro do Planejamento, admitiu que o governo poderá adiar o escalonamento dos salários dos servidores públicos. Ele deixou claro que não é uma medida já definida, mas que poderá ser uma das decisões tomadas com o objetivo de conter gastos do governo com o custeio da máquina diante da situação de crise financeira. O cancelamento de concursos públicos é outra forma apontada pelo ministro para diminuir os gastos com custeio.
Paulo Bernardo fez essas afirmações em entrevista ao programa Três a Um, que a TV Brasil exibiu ontem (15).
O ministro disse que não tem como prever se o governo precisará enviar ao Congresso Nacional novos parâmetros para basear o Orçamento Geral da União (OGU) para 2009. “Temos um cenário ainda muito indefinido. Não dá ainda para saber se teremos uma redução de receita, o preço do dólar, do barril de petróleo, fatores que influenciam na definição dos parâmetros”, disse o ministro.
Paulo Bernardo disse ainda que, se for preciso, o governo poderá fazer cortes no Orçamento. O ministro descartou a possibilidade de mexer nas obras sociais do governo e do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). “Tirando o PAC e os programas sociais podemos cortar em qualquer lugar. Um corte de R$ 1 bilhão no Orçamento da União pode parecer muito, mas não é. Pode-se cortar R$ 1 bilhão de forma linear e se percebermos que uma despesa ficou muito prejudicada podemos fazer um recomposição”, explicou o ministro.
Herclus disse que os companheiros entraram em alerta e já estão se mobilizando no Estado e em todo o Brasil, para exigir do governo federal que cumpra com os acordos firmados. “Se for preciso parar o país inteiro nós vamos parar, mas, não dá para ficar apático em relação a essa notícia antidemocrática.