ARTIGO - O sofrimento, a greve e a Justiça – Por: Marcos Paulo (¹)

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Foto: Divulgação

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Uma pessoa que utiliza o transporte coletivo urbano para se deslocar a qualquer ponto da cidade quer, no mínimo, chegar com sucesso ao local de destino. Quer segurança, um pouco de conforto e preços satisfatórios. Afinal, a maioria o faz não porque adora esperar horas a fio pela chegada do ônibus, ou mesmo se espremer num amontoado de gente que disputa um espaço e é obrigada a se conformar com tantas dificuldades que a viagem oferece, mas porque realmente precisa. E como! Condições parecidas de sofrimento suportam os trabalhadores responsáveis pelos coletivos urbanos todos os dias. Motoristas e cobradores, especificamente. E foi por isso que a categoria, através do sindicato, no início da semana, após tentar um acordo pacífico com os empresários das duas empresas de transportes coletivos de Porto Velho, decidiu paralisar suas atividades. O dia ainda nem havia amanhecido direito e lá estavam eles, na frente de seus locais de trabalho, reivindicando questões como a ameaçada manutenção da função e do número de cobradores, um reajuste de 7%, jornada de trabalho – principalmente no horário de pico - e aumento no repasse para assistência médica.
Pagaram um preço alto A Polícia Militar foi acionada e mostrou que não estava para brincadeira. Os policiais devem ter esquecido que também têm um patrão. E o trabalhador, o mesmo que está à disposição de policiais nos coletivos, foi arrastado por um batalhão de escudos daqueles usados em rebeliões. Sentiu nos olhos o ardor que um spray de pimenta pode proporcionar e não se intimidou com a tal “bomba de efeito moral”. Lutou, mais uma vez. Do chão, sujos e ainda com sangue nos rostos, os trabalhadores partiram para uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), para expor as suas reivindicações frente ao juiz presidente do TRT, Carlos Augusto, juntamente com os empresários das duas empresas de transportes da Capital. Estavam em igualdade de perante a Justiça. Lá, em mais de cinco horas de audiência, havia um juiz que sabia ouvir, questionar e decidir sem qualquer sombra de interesses. Imparcial. E dessa vez, sim, os trabalhadores levaram a melhor porque tinham argumentos. Saíram de lá se sentindo revigorados com o doce gosto da vitória. A greve durou apenas algumas horas, mas ocasionou um impacto que serviu mais uma vez para demonstrar a necessidade de melhorar o transporte coletivo em Porto Velho. Não só em respeito aos trabalhadores, que lutaram pelos seus direitos, mas aos passageiros que mantém a esperança de não passar mais de 45 minutos esperando um ônibus, não ver idosos e crianças caindo ao descer do coletivo e, principalmente, pagar um valor justo por um serviço que ainda está longe do ideal. Marcos Paulo é acadêmico de jornalismo (marquinhosro2@gmail.com)
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