ARTIGO - O piloto negro e a bandeira preta - por Domingues Júnior

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Foto: Divulgação

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Ele foi forjado nas escolinhas da McLaren. Desde pequeno seguiu uma trajetória parecida com a de muitos garotos do futebol brasileiro ou do basquete dos Estados Unidos. Se comparado a Tiger Woods, do Golfe, ou às irmãs Williams, do Tênis, merece um destaque ainda maior. É claro que estou falando de Lewis Hamilton, o novo ídolo da Formula 1. Vencedor da etapa de Montreal, Hamilton não pode dar entrevista falando sobre sua cor. A assessoria da equipe sempre alerta aos repórteres que esse assunto é proibido. Não vejo razão para isso. O fato de Arhtur Ashe ser negro motivou garotos de todo o mundo a praticar tênis. É verdade que muitos não tinham dinheiro nem para o calçado que leva o nome do esporte, mas sonhavam; por que não? Quem disse que o menino pobre e de cor não pode desejar o cockpit? Quem decidiu que só o futebol está reservado para esses garotos? Tudo bem que na bola eles são fera mesmo. Veja a seleção da Holanda sub-21: a maioria dos jogadores não tem nada a ver com o carrossel de branquelos bons de bola que encantou o mundo em 1974. É assim em muitas equipes, de muitas modalidades. O atletismo parece área reservada para atletas negros. Mas quando um branco ou um asiático se destacam, quem aponta o dedo para o fato? Por essas e por outras vejo Hamilton como um referencial...O novo, o expoente, o quebrador de recordes e de paradigmas. Foi ele, com seu talento, e não a bandeira preta para Massa quem decidiu o Grande Prêmio do Canadá. Os erros do brasileiro e de sua equipe e as lambanças de Alonso foram resultado do pavor, do inusitado, do novo...Ninguém sabe ainda como combater o rapaz que em seis provas subiu ao podium em todas elas, e agora começou a experimentar o gosto da vitória. O garoto negro da Fórmula 1 é uma redenção. Nele me libero também para dizer que precisamos dar um recado ao racismo, ao preconceito. Também quando nasce entre os negros; sejam eles a ministra ou o atleta, o ator ou a cantora. Veja a Alcione, por exemplo; nunca se incomodou em ser chamada de Marrom. Adilson ficou famoso mesmo como Maguila. O atacante do São Paulo, Grafite, é atacante no futebol francês, que pensa ser esse o sobrenome do rapaz. Tem também o Saci, e até Preto que não é preto. Proponho a parada do orgulho negro. Enquanto procuro outro jeito de dizer não ao preconceito, vou aplaudir Hamilton, o novo Pelé das pistas. Ops! Lá fui eu escorregando no lugar-comum...E não é que pinta mais um melhor do mundo de origem africana? Excelente! Quando pararmos de olhar para a cor, vamos enxergar melhor o valor. Grande abraço e até a próxima vitória do filho adotivo de Ron Dennis.
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