ARTIGO - Roberto Carlos – Rei ditador ou carola metido a santo do pau oco? - Por: Humberto Oliveira

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Foto: Divulgação

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Durante cinco anos o historiador e jornalista Paulo César Araújo pesquisou para escrever uma biografia do seu ídolo, ninguém menos que Roberto Carlos. No final do ano passado finalmente o autor teve seu sonho realizado quando a editora Planeta publicou ROBERTO CARLOS EM DETALHES. Paulo César, também autor do ótimo EU NÃO SOU CACHORRO, NÃO, lançado pela Record em 2002, deve ter sentido seu mundo cair quando no último dia 27, o seu ídolo, o chamado “Rei do Iê, iê, iê”, ganhou na justiça o direito de retirar de circulação onze mil exemplares de seu livro, alegando invasão de privacidade. Depois de cinco horas e meia de discussões entre os advogados da editora Planeta e de Roberto Carlos, as partes chegaram a um acordo, que no mínimo abre um precedente perigoso – a editora terá de recolher cerca de onze mil exemplares da biografia não autorizada do “Rei” e ser entregues a ele. O autor ficou inconformado e numa entrevista emocionada, desabafou sua decepção com a atitude do seu ídolo. Acredito que ele jamais se sentiu tão decepcionado. Também não é para menos, Paulo César dedicou anos de pesquisa para escrever o livro. E agora o sonho se transformou em pesadelo, graças à megalomania e egocentrismo de um artista limitado e decadente como Roberto Carlos. O Rei Ditador, que levou chamada até do chato Paulo Coelho, alegou três temas abordados no livro que o fizeram tomar esta atitude, digamos nazista e fascista – 1º, o acidente que mutilou sua perna quando ele ainda era criança; 2º, a sua vida sexual e, 3º, a morte de Maria Rita – desculpas esfarrapadas, pois todos estes temas haviam sido abordados na imprensa. Em 1979, Roberto havia feito este mesmo papel quando processou seu mordomo, Nicholas Mariano que publicou O Rei e eu, onde revela intimidades do Rei. A atitude da Editora Planeta, foi no mínimo covarde e conivente com a atitude ditatorial de Roberto Carlos, que entrou com um processo contra a editora e o autor exigindo nada mais nada menos que doze milhões de reais, talvez para pagar as despesas dos inúmeros plágios que cometeu durante sua carreira. Quem não lembra da chatíssima "Caminhoneiro" ou a horrenda "O Careta"? Pois é, mas Roberto Carlos desafina desde o começo da carreira. O seu primeiro disco foi um verdadeiro fiasco e isso sem falar na tentativa de imitar João Gilberto, cantando uma composição em parceria com o “Rei da Pilantragem”, Carlos Imperial, “João e Maria” (1959). Depois desta mancada, Roberto foi obrigado a mudar de estilo, de pseudo bossanovista a digamos, Rei do iê, iê, iê, quando sua carreira finalmente deslanchou. Roberto Carlos nascido em Cachoeiro do Itapemirim, Espírito Santo, e desde criança percebeu que tinha talento para ser cantor. Sua carreira começou no rádio e logo criou asas indo para o Rio de Janeiro, claro com o apoio da família,principalmente de sua mãe, imortalizada na canção “Lady Laura”. Em 1969, Roberto Carlos ganharia o Festival de San Remo e quando voltou para o Brasil, a Jovem Guarda já era página virada para ele, que deixou para trás “as jovens tardes de domingo” e passou a correr sozinho “as curvas da Estrada de Santos” em direção ao sucesso. Justiça seja feita, Roberto Carlos escreveu seu nome na história da nossa música, porém apesar dos mais de quarenta anos de carreira, Roberto Carlos vive em declínio desde os anos oitenta. Roberto Carlos não está sozinho nesta galeria de nazistas enrustidos. A Rainha dos Baixinhos, Maria da Graça Xuxa Meneghell, também tomou a mesma atitude que o Rei da Juventude. No final dos anos oitenta, simplesmente ela obrigou o diretor Walter Hugo Khoury a tirar de circulação o vídeo do filme “Amor estranho amor”, por conter cenas de sexo entre ela e um menino, alter ego do personagem Marcelo, personagem recorrente na filmografia do diretor. Com a atitude de Xuxa, até hoje os produtores do filme estão a ver navios quanto ao lucro da produção no mercado do vídeo, e o pior é que desde então circulam cópias piratas de "Amor estranho amor", inclusive em dvd também. Se isso vira moda, estaremos de volta aos tempos da ditadura e da censura. Humberto Oliveira é jornalista *- Abaixo relacionados alguns títulos disponíveis sobre a Jovem Guarda, Roberto Carlos e a outros temas ligados a Música Popular Brasileira. Eu não sou cachorro, não – a música popular cafona e a ditadura militar (2002), de Paulo César de Araújo, lançado pela Record, Roberto Carlos em detalhes (2006), Paulo César de Araújo, editora Planeta, Como dois e dois são cinco – Roberto Carlos, Erasmo e Wanderléa (2004), Pedro Alexandre Sanches, editora Boitempo, No embalo da Jovem Guarda (1999), Ricardo Pugialli, editora Ampersand, Almanaque da Jovem Guarda (2006), Ricardo Pugialli, editora Ediouro, Jovem Guarda em ritmo de aventura (2000), Marcelo Fróes, editora 34.
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