As equipes da Delegacia-Geral de Homicídios e da Polinter esclareceram o crime do aposentado Floriano Almeida, 72 anos, com a prisão da dona-de-casa Adriana Silva Rodrigues, 25 anos.
As investigações estão sendo realizadas pela Delegacia de Homicídios, que encontrou subsídios que apontavam ser Adriana Rodrigues a autora do crime. Ela foi presa pela Polinter quando estava indo visitar o marido na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo.
O flagrante em desfavor dela foi lavrado pelo delegado Glauber Carneiro Lorenzini. De acordo com testemunhas, por volta das 17 horas de quarta-feira (05/03) a vítima estava bebendo em um bar, quando por lá chegou a acusada, com uma criança de 1 ano e 5 meses. Ela conversou com Floriano Almeida, a quem pediu ajuda para comprar um remédio para a filha.
A vítima, ainda segundo informações de testemunhas, disse a Adriana Rodrigues que a ajudaria, para que ela passasse em sua casa, que ficava nas proximidades do bar, que lhe daria alguns objetos para sua filha.
A acusada confessou que foi até a casa do aposentado com a filha. Ela entrou na casa e Floriano Almeida teria feito uma proposta para que tivessem um relacionamento amoroso em troca de dinheiro. Adriana Rodrigues disse que não aceitou a proposta e teria dito ser casada.
Ainda segundo as informações da própria acusada, o aposentado a teria agarrado à força, chegando inclusive a machucá-la no rosto e quis arrancar sua roupa. A criança, segundo ela, ficou sentada no sofá da casa e presenciou toda a cena.
Ela disse ainda que conseguiu se desvencilhar e tentou pegar a chave da casa para fugir do local, mas ele se apossou de uma faca e passou a ameaçá-la de morte, mandando-a calar a boca. A mulher contou também que cortou as mãos ao tentar tomar a faca de Floriano. Segundo a acusada, a vítima ainda tentou atacá-la com as mãos e que para se defender o esfaqueou, mas não soube dizer quantos golpes o atingiu.
A acusada revelou ainda que depois do crime, dirigiu-se ao banheiro para se limpar e trocar de roupa. As roupas foram pegas na casa da vítima.
De acordo com informações prestadas pelo delegado adjunto da Delegacia de Homicídios, Eduardo Daniel Lazarte, a perícia constatou que ele tinha um extrato de saque no valor de R$ 380,00, retirado no mesmo dia do crime, porém o dinheiro não foi encontrado. A acusada nega que tenha subtraído o dinheiro. Entretanto, há indícios de que o crime foi um latrocínio (matar para roubar).
Adriana Rodrigues foi autuada em flagrante por latrocínio, crime previsto no artigo 157 parágrafo 3º e encaminhada à Cadeia Pública Feminina na noite de ontem.