Quem é Lu Silva, que interpreta a personagem “Maria da Chave” no carnaval?

Ela é atriz, formada em moda, arquitetura e é faixa preta em taekwondo

Quem é Lu Silva, que interpreta a personagem “Maria da Chave” no carnaval?

Foto: Funcultural

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Ela tem 70 anos, está em tratamento contra o câncer, é atriz, formada em arquitetura e em moda, é faixa preta em taekwondo e não tem papas na língua. Esta é a Lu Silva, que está por trás do personagem da boneca Maria da Chave, que integra a corte do rei Momo, um dos personagens de maior destaque da corte carnavalesca.

 

O personagem, no entanto, é o imposto da Lu Silva. “Maria da Chave é alegre, feliz, adora festa, viver arrodeada de gente e não tem tempo ruim para ela”, declara. Foi a atriz que criou o personagem em 2009, após observar como a corte conduzia a chave da cidade durante os festejos momescos. “Vi que eles deixavam em qualquer lugar, pois a chave atrapalhava os integrantes a dançarem”, declara.

 

Foi ai que teve a ideia de lançar a personagem. “É a pessoa mais velha da corte, ela é de estrita confiança do rei, por isso é a guardiã da chave”. O que eles não sabem é que a Maria da Chave, na verdade, é uma prostituta, dona de um bordel que faliu e agora se infiltrou na corte transfestida da personagem. A boneca utiliza vestidos coloridos e muita maquiagem.

 

O personagem fez tanto sucesso, que já se transformou em lenda do carnaval portovelhense, pois é única cidade do pais em que a corte do rei Momo tem uma guardiã da chave da cidade. “É uma responsabilidade muito grande”, frisa.

 

E foi justamente a personagem a sua grande aliada na luta contra o câncer de útero. Ela descobriu que estava com o tumor maligno há dois anos. Passou por momentos difíceis, mas deu a volta por cima, apesar de ainda está em tratamento. “Acredito que não dou muita bola para doença, por isso que estou tão bem”, observa.

 

Origem

 

Lu nasceu nos seringais. Ela foi criada pelos irmãos, após a mães ir embora de casa, abandonando os filhos. Ao 19 anos, sem estudo, foi para São Paulo, fugindo do marido que a agredia. “Como ele era influente aqui, não podia denunciá-lo”. Na capital paulista trabalhou como faxineira em uma empresa que produzia roupas. Foi nessa empresa que entrou para o mundo da moda – por acaso.

 

“Teve um dia que faltou uma costureira, e a dona da empresa estava precisando consertar uma roupa para um cliente com urgência, foi quando me ofereci para fazer o serviço. Ela gostou tanto do meu serviço, que sai da faxina e passei definitivamente para a área da confecção”, afirma. Lu Silva aprendeu taekwondo graças aos donos da empresa, que fazia questão que as funcionárias tivessem domínio dessa arte marcial para se protegerem de assalto, uma vez que parte do trabalho era feito à noite.

 

Foi em São Paulo que ela entrou pela primeira vez na escola. Começou pelo antigo Mobral, em seguida fez o curso de moda. De volta a Porto Velho em 1989, recebeu convite do secretário de Cultura na época, Julio Yriarte, para desenhar e costurar as roupas da corte.

 

"Aceitei o convite e nunca mais sai desse meio”, declarou. Aqui, na capital, fez também o curso de arquitetura. “Eu era a velha da sala. Achava era bom, pois todos ajudavam a velhinha”, diz enquanto dá uma de suas famosas gargalhadas. 

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