“O Prisioneiro da Grade de Ferro” é apresentado neste domingo no Cineoca

O Cineoca apresenta neste domingo, dia 30, às 17 horas, no audicine do Sesc Esplanada, o premiado documentário, “O Prisioneiro da Grade de Ferro”, um registro sobre o sistema carcerário brasileiro...

“O Prisioneiro da Grade de Ferro” é apresentado neste domingo no Cineoca

Foto: Divulgação

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*O Cineoca apresenta neste domingo, dia 30, às 17 horas, no audicine do Sesc Esplanada, o premiado documentário, “O Prisioneiro da Grade de Ferro”, um registro sobre o sistema carcerário brasileiro, visto de dentro, por quem mais entende dele: os detentos. A exibição do doc no cineclube de Porto Velho acontece graças a uma parceria com o Sesc e Itaú cultural, que traz ao todo quatro produções do projeto financiado pelo Instituto. *Sinopse: *Um ano antes da Casa de Detenção do Carandiru, em São Paulo, ter sido desativada, os prisioneiros aprenderam a usar câmeras de vídeo para documentar seu cotidiano no maior presídio da América Latina. Com direção de Paulo Sacramento e 123 minutos de duração, o resultado desse registro - que teve sua primeira exibição na mostra Premiére Brasil 2003 e ganhou prêmios nos Festivais de Gramado, Rio, Tribeca, Málaga e É Tudo Verdade - mostra uma realidade humanitária e esperançosa de quem vive sonhando com uma nova chance de liberdade. A imagem negativa das rebeliões dá espaço ao companheirismo nos jogos de futebol, as rodas de samba, lutas de boxe. Homens que rabiscam desenhos no papel e no corpo, cantam no coral, cuidam da limpeza dos pavilhões e apreciam, saudosos, fotos dos familiares. *Como não poderia deixar de ser, Sacramento e os detentos mostram-se imparciais, e relatam ainda a faceta negativa dos presídios, que a mídia sempre mostrou e tornou oficial ao povo brasileiro. Com as portas de "seus quartos" abertas à produção, armas, drogas, tráfico, insurreição e ratos aos milhares - hóspedes nada bem-vindos -, mostram o contra plano à felicidade. O "fotógrafo" oficial do Carandiru, Ronaldo Fernandes Gomes - o Nal, prontuário número 122.265 -, é quem melhor personifica esse lado negro da extinta instituição correcional, com cenas verídicas de corpos dilacerados a punhaladas registradas a pedido da própria Diretoria. *Dos fervorosos cultos evangélicos aos atabaques da Umbanda, os 20 detentos escolhidos para mostrar a realidade do presídio destacam-se - cada um de sua maneira - na narrativa dos enfoques escolhidos. Mas o registro mais tocante é da dupla Joel e Marcos, que numa gravação noturna, sem a presença da equipe técnica, mostram a solidão de uma noite na cadeia. Com uma lamentação de quem não pode atravessar os altos muros e amarga a vida atrás das grades, comentam: "Lá vai o famigerado Metrô", em referência ao trem do Metrô passando rumo à estação Tietê. *Sacramento reuniu ainda o depoimento de ex-Diretores da Casa de Detenção e do Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Na época da filmagem o Carandiru - implodido em 2002 - contava com 7.500 detentos. Foram capturadas 170 horas de material bruto, que despenderam dois anos de edição e finalização do material. *Além do festival É Tudo Verdade - 8º Festival Internacional de Documentários, em 2003, no qual o longa-metragem venceu a Competição Internacional e a Competição Brasileira, o doc também recebeu o Prêmio da Associação Brasileira de Documentaristas e um dos três Prêmios Estímulos do Ministério da Cultura. Em maio, o filme foi exibido na sessão de encerramento do XIII Cine Ceará - Festival Nacional de Cinema e Vídeo. *Para o júri internacional do É Tudo Verdade, "O Prisioneiro da Grade de Ferro (auto-retratos)" se impôs como uma evidência tão forte quanto à necessidade da sua existência. Segundo os jurados, é um filme que permite aos próprios prisioneiros revelar seus corpos abafados; um trabalho onde o ponto de vista do cineasta não é a sua prioridade exclusiva. Ele é o fruto de um contrato passado entre duas necessidades; a dos presos de fabricar a sua imagem e a do diretor cineasta de revelar uma realidade". *Já para o júri brasileiro do mesmo evento, trata-se "de um filme que soube criar mecanismos cinematográficos aptos a trazer para o espectador uma dimensão até então desconhecida de uma questão especialmente dramática. O cineasta soube criar neste filme, em marcante sintonia com a equipe envolvida, um dispositivo onde a encenação ou a sinceridade produzem sentidos confluentes, revelando aspectos muito especiais (inéditos em alguns casos) sobre a situação carcerária.” ***Veja também: * Teatro na Praça encena “O Julgamento de Branca Dias pela santa inquisição “ neste domingo
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