Imprensa nacional destaca preços altíssimos praticados para passageiros rondonienses
Foto: Reprodução de tela
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Os valores das passagens aéreas em Rondônia e as condições estabelecidas por algumas empresas, incluindo a restrição de acesso à Justiça em caso de falhas no serviço, têm gerado grande indignação. Essa situação começa a chamar a atenção da mídia nacional.
Enquanto isso, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e a bancada federal de Rondônia parecem não estar profundamente preocupadas com a problemática. Vale destacar que os políticos no Brasil têm suas passagens aéreas custeadas pelos contribuintes.
A CNN Brasil decidiu investigar mais a fundo essa questão e publicou uma matéria em seu site, evidenciando a dura realidade enfrentada pelos moradores de Rondônia.
O foco da reportagem é o custo elevado das passagens aéreas no trecho que separa os aeroportos de Porto Velho, em Rondônia, e Viracopos, em Campinas, São Paulo, que, em agosto, registrou a passagem mais cara vendida no Brasil. Um passageiro desembolsou R$ 7.494,90 para percorrer esse trajeto, com escala e na classe econômica.
A ANAC fornece dados detalhados sobre todas as passagens aéreas vendidas no Brasil, destacando tarifas praticadas por cada companhia aérea e o número de assentos vendidos a esses preços. Esse nível de detalhamento é elogiado por especialistas do setor aéreo em outros países, onde tal informação não está facilmente acessível.
Mesmo que a pessoa tivesse dinheiro para viajar entre o dia 21 de dezembro e 03 de janeiro, não há vagas - Foto: Reprodução de tela/Rondoniaovivo
No mês de agosto, as três passagens aéreas mais caras foram da Azul, abrangendo diferentes trechos, como o de Porto Velho a Campinas. A empresa também ocupou o segundo lugar com a rota entre Ji-Paraná, Rondônia, e Goiânia, Goiás, que custou R$ 7.243,90.
A matéria destaca que, em todos esses casos, não há ligação aérea direta entre os aeroportos, sendo oferecida a opção de passagem com conexão.
Barato? Só no Sudeste
A disparidade de preços é evidente, com a passagem mais cara custando 16.942% acima do trecho mais barato. Em agosto, apenas um passageiro conseguiu adquirir a passagem mais barata por R$ 43,98, entre os aeroportos de Congonhas, em São Paulo, e Santos Dumont, no Rio de Janeiro.
A ANAC também divulga dados agregados, apresentando a tarifa média praticada por empresa. Em setembro, os preços subiram em todas as três principais companhias aéreas.
A Gol registrou o maior aumento médio, com 27,3%, enquanto a Latam teve um aumento de 21,5% e a Azul, de 2,1%. Esses aumentos estão relacionados ao reajuste nos preços dos combustíveis, que subiram 18,2% em setembro, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) compilados pela ANAC.
Caso a pessoa esteja disposta, há duas alternativas: ficar mais de oito horas viajando (com várias escalas) ou passar a véspera de Natal dentro do avião - Foto: Reprodução de tela/Rondoniaovivo
Resposta e silêncio
Quando questionada sobre esses preços elevados, a Azul mencionou que eles variam de acordo com diversos fatores, como o trecho, sazonalidade, compra antecipada e disponibilidade de assentos, além de citar influências externas como a alta do dólar, preço do combustível e conflitos internacionais.
Latam e Gol, até o momento desta publicação, não se pronunciaram sobre os preços praticados.
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