A mesma entidade, tão zelosa em defender a “liberdade de expressão” dos radicais extremistas, mantém-se silente ante a onda de bloqueios em estradas, vandalismo, incêndios…
Foto: Divulgação
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Silêncio absoluto. Este é o comportamento da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil em Rondônia ante a onda terrorista da extrema direita que domina as rodovias federais no estado.
Tal comportamento leva à interpretação de que a Ordem está omissa ou até conivente com a ação dos bolsonaristas raivosos que atacam a democracia porque simplesmente não se conformam com a derrota de seu “mito”.
Em meados de novembro, a Seccional da OAB rondoniense lançou nota em que declarava “estranheza e desconforto sobre algumas decisões do Tribunal Superior Eleitoral”, referindo-se a bloqueios de “perfis em redes sociais de cidadãos que contestam licitamente (sem fake news) o resultado das eleições”.
Trata-se de uma mentira: o ministro Alexandre de Moraes, do TSE e STF, não bloqueou um único perfil cujo titular tenha “contestado licitamente (sem fake news) o resultado das eleições”.
É público e notório que boa parte dos dirigentes da OAB de Rondônia é bolsonarista, então, a nota emitida em novembro manifestava não a indignação institucional dos operadores do direito, mas a visão de alguns advogados que estão no comando da seccional.
A mesma OAB, tão zelosa em defender a “liberdade de expressão” dos radicais extremistas, mantém-se silente ante a onda de bloqueios em estradas, vandalismo, incêndios de veículos e toda sorte de atentados perpetrados pelos golpistas contra a população de Rondônia.
Desde que lançou a malfadada nota, a OAB não apresentou um único caso de alguém que tenha sido bloqueado pela justiça nas redes sociais por estar exercendo apenas a “liberdade de expressão”. E não apresentou porque não existe.
Quem teve o perfil bloqueado estava - e continua - disseminando mentiras contra a Justiça Eleitoral, o Supremo Tribunal Federal e seus integrantes; instigando o ódio, estimulando a baderna, defendendo a supressão da ordem constitucional; atiçando a animosidade das Forças Armadas contra o Judiciário e outros poderes da República e até ameaçando de morte os adversários, reais ou imaginários.
Foi a favor destas pessoas que a OAB de Rondônia manifestou apoio, mostrando sua contaminação por uma ideologia fascistoide que navega na contramão da história de uma das entidades de classe mais importante do Brasil.
A OAB, que teve papel decisivo na redemocratização do país, devia envergonhar-se de sua postura neste momento histórico.
O dia há de chegar em que o comportamento de grupos de dirigentes da seccional rondoniense irá figurar como uma mácula, uma mancha da atual direção da entidade. Se é que este dia já não chegou.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!