A educação no fundo do poço - Valdemir Caldas
Foto: Divulgação
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Recentemente, o prefeito Sobrinho, acredita-se, aconselhado por um porra-louca, resolveu modificar, por decreto, a base de cálculo para pagamento de diárias a professores e outras categoria funcionais, apertando ainda vez mais a corda no pescoço do pessoal.
A inapetência de muitos educadores transfere-se aos estudantes, que, desde a escola de primeiro grau, veem o professor como um coitadinho, um profissional resignado, uma pessoa que faz um pico aqui e outro acolá para sobreviver, andando na corda bamba sem ser malabarista.
O petismo prefere entupir as repartições públicas com parentes e cabos eleitorais despreparados a ter que investir na qualificação dos profissionais da educação, oferecendo-lhes salários decentes e condições dignas de trabalho. Às vezes, chega a colocá-los contra a população.
Não é à toa que o ensino público anda caindo pelas tabelas, cada vez mais pobre, carente de profissionais capacitados. Muitos, descontentes com os péssimos salários e as precárias condições de trabalho, acabaram migrando para instituições privadas.
Houve época em que os professores da rede pública eram respeitados e valorizados. Tempos de Lourival Chagas da Silva, Esron Penha de Menezes, Batalha, Marise Castiel (já falecidos) e Úrsula Maloney, dentre outras figuras ilustres. Hoje, são tratados como estorvos, pobrezinhos, sempre de pires mão, a espera da benevolência de dirigentes públicos insensíveis.
Sai governo, entra governo, ouvem-se sempre as mesmas e inconseqüentes promessas de que a educação será prioridade. Depois, tudo cai no esquecimento e as soluções para os múltiplos problemas que asfixiam o setor nunca chegam, tornando-os cada vez mais difíceis de serem equacionados.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!