O delegado de plantão no Departamento de Flagrantes da Polícia Civil mandou para a cadeia o policial militar reformado e empresário de 56 anos flagrado no domingo (02) com uma arma dentro de um veículo na Rua Padre Agostinho, bairro Santo Antônio, em Porto Velho (RO).
A pistola calibre .40, tinha sido furtado da tenente Fabiane Pereira da Silva, 38. A vítima morreu em acidente de trânsito no último dia 08 de janeiro na Rua Aruba com Neuzira Guedes, na zona Leste.
O policial foi pego dormindo dentro de um carro que estava ligado. Ao ser interceptado e acordado, o acusado afirmou que não tinha nenhuma arma em seu poder. Alegou ainda que dormiu no carro após parar para urinar nas proximidades de casa.
Todavia, durante revista, os policiais encontraram a pistola escondida no assoalho do carro. O militar então alegou que tinha comprado a arma de um desconhecido pelo valor de R$ 6 mil.
O policial aposentado, que é dono de uma escola técnica de enfermagem, foi encaminhado ao Departamento de Flagrantes.
Despacho do delegado
A autoridade policial interrogou o acusado e afirmou em seu despacho: "Por não apresentar elementos que possam afastar a presunção em seu desfavor, deverá ser lavrado o auto de prisão em flagrante delito, restando-lhe o devido processo legal para comprovar sua tese defensiva", relatou o delegado.
Ele seguiu afirmando que o acusado teria em tese praticado os crimes de porte ilegal de arma de fogo e receptação de arma furtada, que a pena somada é superior a quatro anos
"Nesse passo, examinadas as versões e demais elementos amealhados, entendo que a conduta perpetrada pelo referido conduzido, ao menos em tese, amolda-se ao tipo penal descrito no art. 14 da Lei n°. 10.826/03 c/c art. 180, caput, do Código Penal. Por fim, consoante o preceito contido no artigo 322 do Código de Processo Penal, a soma da pena máxima em abstrato dos tipos penais extrapolam o teto legal (04 anos), portanto é incabível o arbitramento de fiança em sede policial", concluiu o delegado.