A direção do hospital esclarece que a paciente tem recebido todo o atendimento necessário
Foto: Divulgação
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'Minha mãe, a funcionária pública Ana Maria da Silva Cunha Santiago, de 45 anos de idade, está sofrendo há quase dois meses com negligência médica. Ela segue internada sem um diagnóstico preciso e desenvolvendo uma série de problemas em decorrência do tempo de internação. Não dá mais pra aguentar.”
O relato acima, feito à equipe da ContilNet, foi feito pelo filho de Ana Maria, Silvio Santiago. O jovem de 20 anos explicou que a situação começou em novembro do ano passado, quando a mãe sofreu um acidente de moto em frente à Recol Veículos, no bairro 6 de Agosto.
“O acidente gerou um deslocamento de bacia e uma paralisia no corpo dela, apenas no lado direito. Ela foi encaminhada ao Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb) onde ficou até o dia 12 de dezembro. Nesse dia, ela foi transferida para a Fundação Hospitalar, onde segue internada”, disse Silvio.
Na Fundação Hospitalar, Ana Maria teria passado por uma cirurgia definitiva da bacia. Mas após o procedimento, a paciente seguiu internada devido à ausência de diagnóstico sobre a paralisia da funcionária pública.
Em decorrência da falta de um tratamento para o problema, a paciente teria sofrido outras complicações durante a internação: o desenvolvimento de úlceras de pressão (lesões de pele causadas por interrupções sanguíneas em determinadas áreas), e reações alérgicas ao tratamento com antibióticos.
Situação da paciente se agravou devido ao surgimento de úlceras de pressão. Foto: Reprodução
“Durante uma semana inteira foi aplicado um medicamento que visivelmente causou reações alérgicas na minha mãe. Um outro médico, graças a Deus, verificou o problema e alterou a medicação. A situação está complicada e não nos ajudam, nos tratam com desdém quando cobramos atendimento. Estou vendo minha mãe morrer diante dos meus olhos”, lamentou Silvio.
Sobre a situação, a equipe da ContilNet entrou em contato com a assessoria da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), que nos encaminhou a seguinte resposta, reproduzida na íntegra abaixo:
A paciente Ana Maria da Silva Cunha Santiago veio do Huerb com uma fratura de quadril. Passou por uma cirurgia e se recupera bem.
Quando a referida paciente foi encaminhada ao Hospital das Clínicas (HC), chegou com uma úlcera de pressão grau 4. Identificado o problema, a mesma passou por um desbridamento, que é um procedimento para a retirada do tecido necrótico.
Como forma de tratamento, estão sendo feitos curativos diários com placa de hidrogel e foi providenciada a troca do colchão especial recomendado para esse tipo de atendimento.
A direção do HC esclarece ainda que a paciente está tendo direito à acompanhante, realizando fisioterapia diariamente, foi avaliada por um cirurgião vascular que solicitou exame de doppler, o que já foi realizado.
Além disso, vem sendo acompanhada pela ortopedia com prescrição diária de 22 itens sendo cumprida.
A direção do HC esclarece, portanto, que a paciente tem recebido todo o atendimento necessário. Frisa, no entanto, que a recuperação da mesma ocorre de forma lenta, já que a paciente é cardiopata e diabética.
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