O fugitivo Anderson Monteiro Alves, apelidado de “Guri”, está sendo acusado de raptar a ex-namorada, Rayna, de 19 anos, por volta das 21 horas de quarta-feira, no bairro Mecejana. O caso só foi denunciado à polícia ontem pela mãe da garota, que registrou uma ocorrência no 1º Distrito. Até às 20 horas, quase 24 horas depois do rapto, a vítima ainda não tinha sido encontrada nem o fugitivo recapturado.
Conforme a mãe da jovem, Rayna estava na casa de seus avós quando o ex-namorado chegou. Ela teria sido colocada à força dentro de um carro Eco Sport prata, que a polícia acredita ser roubado, e desde então está desaparecida. Além do carro, as testemunhas informaram que havia uma moto Titan 150 que deu apoio à ação do fugitivo.
A Folha foi informada que Guri raptou a ex-namorada porque descobriu que ela havia se relacionado com outro presidiário apelidado de Picolé, de quem teve um filho há cerca de um mês. O bebê ficou na casa dos avós.
Revoltado, ele tramou sua fuga e, na madrugada de quarta-feira, mesmo dia em que a raptou, ele e o preso Paulo Barbosa Menezes, o “Cuia”, conseguiram sair da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo.
Segundo a Folha apurou, a fuga dos dois foi descoberta pela manhã, quando os agentes penitenciários fizeram a chamada dos internos. Durante as buscas, os policiais encontraram uma “teresa” (corda feita de pedaços de pano) que foi usada por Guri e Cuia para escalar o muro de cinco metros bem ao lado de uma guarita desativada.
O fugitivo é condenado pelo crime de tráfico de entorpecente e já estava no regime semi-aberto, mas permanecia sem poder sair do presídio, porque não tinha nenhuma proposta de emprego.