Por medida de segurança, o delegado Mardilson Vitorino Siqueira, da Delegacia Geral de Polícia de Epitaciolândia, fronteira com a Bolívia, transferiu na manhã de ontem para a Pousada do Menor de Rio Branco o adolescente de 16 anos que matou uma criança.
Filha do gari João Paulo Martins e da dona-de-casa Sônia de Souza Padilha, a menina morava com os pais e com outros cinco irmãos menores em uma humilde casa na rua Geraldo Saraiva, 99, no bairro do Aeroporto, em Epitaciolândia.
No sábado, o menor de 16 anos, aproveitando-se da confiança dos pais, levou-a à sua casa e, de maneira desumana, passou a espancá-la e a torturá-la. Insatisfeito, ele a violentou sexualmente diante da companheira de 14 anos.
Certo de que nada seria descoberto, levou a criança ao Hospital Geral de Brasiléia e disse que ela havia levado um tombo da bicicleta. A médica que atendeu a paciente logo descobriu que, além dos espancamentos, a criança havia sido violentada.
A polícia conseguiu prender o menor. Ele negou tudo. Mas o depoimento de sua companheira, no sexto mês de gravidez, foi vital para esclarecer o caso.
“Eu vi quando ele espancou ela e torturou a menina. Por diversas vezes, ele bateu a cabeça dela no piso de alvenaria”, lembrou a jovem.
Com traumatismo craniano, a criança ainda foi arrastada pelas pernas no meio do mato, ficando com o corpo ferido.
Os médicos do Hospital Geral de Brasiléia constaram que o estado de saúde da menina era muito grave e providenciaram sua transferência para o pronto-socorro de Rio Branco. Às 21 horas de segunda-feira, os pais perderam para sempre a filha.