*A Justiça Federal acatou o pedido da Polícia Federal e prorrogou a prisão temporária dos empresários Jan Roman Wilt, Walter Vogel, Pedro José de Lima Reis, Adelcimar Pereira Bastos, Fernando Ferreira de Oliveira e Francisco Edmar de Souza.
*Todos estão recolhidos à Penitenciária Agrícola de Monte Cristo e deverão passar mais cinco dias no presídio, enquanto prosseguem as apurações da Polícia Federal sobre os crimes de prática de evasão de divisas, sonegação fiscal, além de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
*Até a tarde de ontem, a expectativa era de que os empresários deixassem o presídio por volta de zero hora, caso não fossem prorrogadas as prisões. Mas antes das 19h os juízes das 1ª e 2ª Varas Federais de Roraima decidiram pela prorrogação.
*A Operação Exodus, que culminou com as prisões, foi desencadeada no início da madrugada de sexta-feira, 18, após dois meses de investigações realizadas pela Polícia Federal em parceria com a Receita Federal, sobre o envio ilegal de cerca de R$ 190 milhões para os Estados Unidos (EUA).
*Durante a ação foram cumpridos, além dos mandados de prisão temporária, 15 de busca e apreensão, quando foram apreendidos R$ 260.059,9, 1.152 dólares americanos, 16 mil dólares guianenses, 22 milhões e 743 mil bolívares, 19 veículos, uma motocicleta, 17 armas (a maioria pertencente ao empresário Pedro José), 178 pedras semipreciosas (57 pertencentes a Adelcimar Pereira e 115 pertencentes a Fernando Oliveira) e 72 computadores (33 deles pertencentes ao empresário Walter Vogel).
*Ainda constam na lista de apreensões diversas jóias e um jet ski, lancha, ultraleve e seis aves (papagaios), munições diversas, máquinas de recarregar munição, um tonel de pólvora e um silenciador de pistola 380.
*Dois dos empresários presos possuem nível superior e estão separados dos demais, além de outro que sofreu cirurgia cardíaca recentemente. De acordo com o delegado regional da PF, Ivan Herrero, as investigações devem ser concluídas até a próxima segunda-feira, 28.
*Mas isso não quer dizer que a Polícia Federal não possa pedir a prisão preventiva dos acusados. “Por enquanto, está havendo o indiciamento de todos pelos crimes cometidos e, dependendo dos fatos novos que surgirem, a prisão preventiva poderá ser solicitada”, disse.