O Ministério Público de Rondônia, por meio da Promotoria de Justiça de Ouro Preto do Oeste, obteve a condenação a mais de 16 anos de reclusão dos réus Sirlene Louzada de Amorim e Ademir Germano Amaral, pelas mortes de duas pessoas e ocultação de seus corpos. À época, o crime chocou a população de Ouro Preto pela audácia com que foi executado. Isso porque os assassinos colocaram os cadáveres em uma caminhonete, que foi incendiada, para que parecesse acidente de trânsito.
O julgamento ocorreu na última terça-feira (24), em Ouro Preto, e teve duração de 22 horas. O Conselho de Sentença entendeu que os réus foram os responsáveis pelos homicídios duplamente qualificados do policial civil Augusto César Rodrigues da Silva e de Dalva Maria Batista, em continuidade delitiva e pelos delitos de ocultação de cadáver.
Conforme demonstrou o Ministério Público, por meio da Promotora de Justiça Laíla de Oliveira Cunha, a morte de Augusto César Rodrigues da Silva, ocorrida em fevereiro de 2011, foi planejada por Sirlene Louzada, companheira da vítima, juntamente com seu amante Edeildo Xavier. Ela teria embriagado o policial e permitido que Edeildo Xavier, em companhia de Ademir Germano Amaral, entrasse na residência do casal e desferisse golpes no crânio da vítima, com um pedaço de madeira.
Durante a execução do crime, a vítima Dalva Batista, que dormia em um quarto da residência, acordou e também foi morta. Em seguida, os corpos de Augusto e Dalva foram colocados na carroceria do veículo pertencente ao policial. Os réus seguiram rumo ao lixão e atearam fogo no veículo, tentando simular um acidente de trânsito.