FUNDO ELEITORAL: Justiça reprova as contas de campanha de prefeito Flori

Juíza eleitoral de Vilhena encontrou gastos suspeitos na prestação de contas do prefeito e vice

FUNDO ELEITORAL: Justiça reprova as contas de campanha de prefeito Flori

Foto: Divulgação

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Divulgada hoje, a decisão da juíza eleitoral de Vilhena, Christian Carla de Almeida Freitas, que desaprovou as contas de campanha do prefeito reeleito de Vilhena, Delegado Flori (Podemos), contrasta com a entrevista por ele concedida ontem ao FOLHA DO SUL ON LINE, quando o mandatário demonstrou otimismo. A mesma decisão atinge o vice, o engenheiro florestal Aparecido Donadoni, do PL.
 
Hoje, ao esmiuçar as denúncias apresentadas contra Flori, a magistrada expôs uma série de gastos suspeitos, e anotou, referindo-se ao prefeito: “No caso sob exame, o candidato interessado recebeu R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) do FEFC e R$ 550.000,00 (quinhentos e cinquenta mil) do fundo partidário, recursos públicos esses que totalizam o montante de R$ 1.550.000,00 (um milhão quinhentos e cinquenta mil reais), utilizados em sua campanha à reeleição”.
 
Em outro trecho da sentença, a juíza informa dos R$ 1.780.085,01 (um milhão setecentos e oitenta mil e oitenta e cinco reais e um centavo) gastos por Flori, R$ 1.550.000,00 (um milhão quinhentos e cinquenta mil reais) são oriundos de dinheiro público (Fundo Eleitoral e Fundo partidário).
 
A documentação que levou à punição demonstra certo “desleixo” com a prestação de contas, pois até o suposto pagamento feito a uma pessoa que não apareceu para trabalhar na campanha surge nos autos. Além disso, três servidores públicos receberam R$ 10 mil cada um pela prestação de “serviços gerais”.
 
Christian Carla, que ampara sua “canetada” nas manifestações do MP Eleitoral, aborda ainda o pagamento de R$ 6 mil por um dia de locação de um ônibus, sendo que o mesmo veículo, usado por pouco mais de um mês, tinha custado R$ 30 mil.
  
 
E AGORA?
 
A decisão é de primeira instância e pode ser contestada por Flori na segunda, neste caso, o TRE. Mesmo que o prefeito não consiga reverter as decisões locais (ele também foi multado em mais de R$ 238 mil), isso não o impede de ser diplomado e empossado.
 
O problema é que o caso pode se transformar, por intervenção do MP, em Ação Penal. E, com isso, se não “derrubar” as denúncias nos tribunais, o jovem prefeito de Vilhena, corre o risco de perder as funções públicas que ocupa atualmente.
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