CEREJEIRAS: Empresas anunciam investimentos com a chegada de gigante do agro

Estimativas já apontam uma área de 250 mil hectares dedicadas à agricultura na região

CEREJEIRAS: Empresas anunciam investimentos com a chegada de gigante do agro

Foto: Divulgação

Trata-se de um fato inquestionável que a região de Cerejeiras está sendo um dos “eldorados” dos investimentos nos negócios do agro nos últimos anos.
 
Empresas de diversos tamanhos, incluindo as gigantes do setor agrícola, estão com suas atenções voltadas para este polo que produz 180 mil hectares de soja e 150 mil hectares de milho por ano, colhendo anualmente até 10 milhões de sacas da oleaginosa e 15 milhões de sacas do cereal.
 
Mas essa área de produção agrícola da região que desemboca em Cerejeiras pode ser ainda maior.
 
Segundo analistas do setor, com o que concordam os produtores mais antenados, a incorporação de áreas de pastagens ou de parcelas ociosas de imóveis rurais, principalmente nos setores mais altos dos campos e nas extensões dos municípios de Cabixi, Corumbiara e Pimenteiras do Oeste, dentro de pouco tempo fará a região ostentar uma área de plantio superior a 250 mil hectares, se contar todos os cultivos da agricultura, que vão do girassol ao arroz, além da soja e milho.
 
Entre 2020 e 2021, empresas como a Agro Produtiva, a Cultivar Agrícola e a Tecno Agro, para citar apenas alguns exemplos, abriram escritórios de representações em Cerejeiras.
 
Todas elas estão com foco no produtor rural, que é o agente central do mercado milionário do agronegócio na região.
 
O secretário municipal de Administração e Planejamento de Cerejeiras, Enilton Bernardes, que ocupa a função no mandato da prefeita Lisete Marth (PV) e do vice-prefeito José Carlos Valendorff (PP), explica que a gestão municipal trabalha para receber mais empresas de braços abertos. “Temos uma prefeitura alinhada com o desenvolvimento. Tudo no setor público municipal funciona muito bem. E isso é muito bom para o empresário que precisa dar entrada nas papeladas para investir aqui”, disse o secretário, que acompanhou o FOLHA DO SUL ONLINE numa visita ao Parque Industrial de Cerejeiras.
 
Por falar em Parque Industrial, ele fica a 4,5 quilômetros da cidade de Cerejeiras, rumo a Corumbiara, e conta hoje com uma média de 20 empresas já instaladas. Os negócios instalados no local geram uma média de 120 a 150 empregos diretos – número que costuma aumentar em 20% nos períodos da safra de soja e milho, com a contratação de mão de obra temporária nos secadores e nas empresas agrícolas.
 
Segundo o secretário ouvido pelo site, empresas de diversos setores industriais já deram entrada em projetos de engenharia para se instalar no Parque Industrial.  “Temos empresas como a John Deere, a Modal Transportes e a Herbimaq, que já anunciaram com certeza os investimentos. A Case está quase concluindo a construção da concessionária e deverá começar a operar em breve. Temos também pelo menos uma empresa do setor de combustível por atacado, a Krupinski”, disse Bernardes.
 
O secretário explica também que, além do Parque Industrial, empresas de grande porte estão trabalhando com os papéis burocráticos para se instalar em Cerejeiras. “A usina de etanol deu entrada no Alvará de Construção da planta industrial. A Sinagro já alugou um galpão”.
 
Por fim, o secretário explica que o desenvolvimento do município é uma pauta que entrou de vez na gestão municipal. “O município conta hoje com um diretor de desenvolvimento, uma função criada para fomentar este setor. O progresso de Cerejeiras é uma questão que beneficia toda a população. A prefeita e o vice-prefeito valorizam e investem em políticas públicas de fomento do progresso econômico do município”, diz o titular da Pasta.
 
As empresas que já estão estabelecidas no município vêm investindo para continuar a crescer em Cerejeiras. Por exemplo, a Casa do Adubo ampliou as instalações, a Casa da Lavoura já iniciou a construção de uma nova loja que será a maior do Cone Sul, a Agro Forte, que é uma empresa que nasceu em Cerejeiras, brevemente inaugurará uma loja, ofertando muitas opções no segmento agrícola (foto secundária). A Amaggi, que atua no município desde 2005, anunciou que investirá R$ 15 milhões em um novo secador.
 
Além disso, outras empresas do agro já enviaram recentemente pesquisadores comerciais para efetuarem análises de mercado com vistas a investirem na região.
 
Simultaneamente, multiplicaram-se nos últimos dois anos as oficinas mecânicas e de serviços voltados para caminhões, máquinas agrícolas e tratores.
 
Além dessas empresas, as cooperativas também descobriram o mercado agro da região. O exemplo claro é a Copama, que começou a atuar na soja e no milho em Vilhena a partir de 2009 e em Cerejeiras a partir de 2014.
 
No mês de março, a Copama, em sua assembleia geral em solo cerejeirense, anunciou um megainvestimento de R$ 110 milhões em projetos que vão da construção de três novos secadores a centros de pesquisa e até de recreação, sendo que pelo menos 30% deste montante será destinado para a região de Cerejeiras. Vale dizer que a cooperativa já investiu R$ 14 milhões num secador no município, construído entre 2019 e 2020, e esta estrutura também será ampliada.
 
Com todo este poder de fogo, já que conta com parcerias sólidas com a Sicoob Credisul e com a Coopavel, do Paraná, e tem um grupo de cooperados bem capitalizados, e, principalmente por ser uma cooperativa, a Copama promete não deixar o mercado agrícola fácil para ninguém. “Onde as cooperativas chegam, o mercado muda. Elas são as reguladoras e as disciplinadoras do mercado”, disse um produtor rural cerejeirense que está integrado à Copama.
 
Por tudo isso, com os negócios já instalados e os que estão ainda só no papel, a região de Cerejeiras se tornou um polo com vocação inquestionável para o desenvolvimento, tendo o mercado do agronegócio como um palco onde as empresas, das pequenas às gigantes, disputarão cada centímetro deste espaço.
 
E tudo indica que essa realidade só se intensificará.
 
Uma das condições observadas pelos investidores para aplicar recursos numa região é o acesso ao crédito. E nesse quesito, o município de Cerejeiras está bem suprido. A cidade conta com uma excelente rede de agentes financeiros, estando presentes o Banco da Amazônia, Banco do Brasil, Caixa e Bradesco, além das cooperativas de crédito como Sicoob Fronteiras, Sicredi e especialmente a Sicoob Credisul. Essa última, por exemplo, tem se posicionado não só como uma cooperativa financeira, mas mais que isso, se posicionando também como uma agência de desenvolvimento. Todas essas instituições financeiras permitem o suporte de recursos para viabilizar os projetos na região de Cerejeiras.
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