Em 2023, foram derrubados 386 km² de floresta em terras indígenas e unidades de conservação
Foto: Fernando Martinho/Imago Photo/Adobe Stock
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Em 2023, as áreas protegidas na Amazônia Legal alcançaram o menor índice de desmatamento em nove anos, de acordo com informações divulgadas pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
A região da Amazônia Legal abrange 59% do território brasileiro, incluindo 9 estados: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão.
No ano passado, o desmatamento nessas áreas protegidas totalizou 386 km², equivalente ao tamanho da cidade de Belo Horizonte, representando uma queda significativa em relação aos 1.431 km² registrados em 2022. Essa redução expressiva, de cerca de 73%, destaca a eficácia das medidas de preservação adotadas.
Os dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon indicam que os satélites utilizados são mais refinados do que os do governo, detectando áreas devastadas a partir de 1 hectare. Isso contrasta com os alertas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que consideram áreas maiores que 3 hectares.
A diminuição do desmatamento nas áreas protegidas superou a queda geral na Amazônia Legal, que passou de 10.573 km² em 2023 para 4.030 km² em 2022, representando uma redução de aproximadamente 62%.
Apesar da redução positiva, o coordenador do Programa de Monitoramento da Amazônia do Imazon, Carlos Souza Jr., destaca que algumas áreas protegidas, como Igarapé Lage em Rondônia, experimentaram um aumento de 300% no desmatamento em 2023.
Ainda assim, em termos gerais, o desmatamento nas terras indígenas em 2023 atingiu o menor índice em cinco anos, com uma queda de 52% na taxa de desmatamento em comparação com o ano anterior.
Em relação aos estados que compõem a Amazônia Legal, apenas três dos nove apresentaram aumento no índice de desmatamento em 2023: Roraima, Tocantins e Amapá. Pará lidera o ranking com 1.228 km², seguido por Amazonas com 877 km² e Mato Grosso com 864 km².
Sistema do Imazon
O sistema SAD, desenvolvido pelo Imazon em 2008, utiliza satélites como Landsat 7 e 8 da NASA, e Sentinel 1A, 1B, 2A e 2B da Agência Espacial Européia (ESA), proporcionando uma visão da região a cada 5 a 8 dias. Esses dados contribuem para o monitoramento mensal do ritmo de degradação florestal e desmatamento na Amazônia Legal.
Apesar dos avanços, é importante ressaltar que o desmatamento diário ainda equivale a aproximadamente 1,1 mil campos de futebol, indicando a necessidade contínua de ações de preservação.
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