ALIENAÇÃO PARENTAL: 'A pessoa destrói o mundo de segurança que a criança tem', diz advogado

Breno Azevedo trabalha com direito de família e participou do Programa Conexão Rondoniaovivo

ALIENAÇÃO PARENTAL:  'A pessoa destrói o mundo de segurança que a criança tem', diz advogado

Foto: Rondoniaovivo

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“Existe uma dificuldade muito grande nos dias atuais, de se enxergar a mulher no mesmo patamar que o homem. Isso é uma baboseira do tamanho do mundo”. Essa é a opinião do advogado e professor de Direito de Família, Breno Azevedo. Ele participou do Programa Conexão Rondoniaovivo, apresentado pelo jornalista Ivan Frazão.

 

“Eu costumo dizer para as minhas alunas e mulheres do meu universo é que, se tem uma coisa que tenho certeza na vida, é de que as mulheres tem um papel fundamental e decisório na vida do planeta. São elas que deveriam nortear as decisões, mas, isso não acontece porque existe um machismo estrutural muito forte em nosso país. Papel delas hoje é de resistência”, avaliou.

 

O advogado contesta a afirmação de que as famílias hoje em dia estão mais complicadas. Para ele, sempre houveram conflitos no seio familiar, porém, isso se deve ao excesso de afeto e carinho.

 

“Onde há uma relação de proximidade, é obvio que também existem desentendimentos. Assim, o berço de qualquer ação judicial é o conflito. Eu entendo que a família hoje é tão conflituosa quanto antigamente, só que diferente. Hoje, as mulheres se emanciparam no papel delas. Muitos homens ficam confusos com isso, por terem sido criados em uma estrutura onde a mulher tinha que ter obediência ao homem. Atualmente, quando encontram mulheres empoderadas e independentes, ocorre o conflito por parte de alguns homens ignorantes”, disse.

 

Famílias com um dos pais

 

Breno Azevedo analisou também que, juridicamente, as famílias homoafetivas estão ganhando espaço no Brasil. Isso se deveu, na opinião dele, aos avanços proporcionados pela Constituição Federal de 1988, em que se enfatiza a ideia de igualdade perante a lei.

 

“Os artigos 5º e 1º, da Constituição Federal, são duas colunas vertebrais do nosso Estado Democrático do Direito, e o resultado disso, foi o tratamento igualitário às minorias. Por conta disso, os homoafetivos têm direito a se casarem, inclusive no religioso, onde se permite esse tipo de união. Eles têm direito a coabitação, a conviver socialmente e como bem entendem. A sociedade tem que aprender a conviver com as diferenças”, declarou.

 

O ex-vice-presidente Hamilton Mourão disse, certa vez, que famílias comandadas por mães e avós, são fábricas de elementos desajustados que tendem a se tornar traficantes. Para Breno Azevedo isso é fora da realidade e não corresponde à verdade.

 

“Isso é uma besteira do tamanho do mundo. Você generalizar um arranjo familiar, que são os monoparentais que estão, inclusive, protegidos na Constituição Federal, no artigo 226”, frisou.

 

Alienação parental pode ser praticada também por familiares que falam mal de um dos pais na frente da criança

 

A alienação parental foi outro tema da entrevista que foi explicado por Breno Azevedo. Segundo ele, isso ocorre quando há um revanchismo, de um dos pais em relação ao outro. Geralmente, oriunda da frustração por conta da dissolução de um casamento.

 

“Nesse caso, quem fica com a criança começa a descontruir a imagem de bom pai, do outro genitor. Assim, a criança começa a reproduzir, em contato com o outro pai, as falas que foram colocadas na cabeça dela. Isso é um desastre do ponto de vista emocional da criança”, enfatizou.

 

O advogado disse ainda que a alienação parental não parte apenas de um pai em relação ao outro. Mas de avós, tios e outros parentes que ficam falando mal do outro pai na frente da criança. Isso, disse, pode acontecer até mesmo sem essas pessoas saberem que estão fazendo a alienação.

 

“A pessoa desconstrói o mundo de segurança que a criança tem. Isso pode ficar muito caro no futuro. Tenho certeza que quem faz isso, não quer isso para o próprio filho. Por isso, é importante que essas pessoas reflitam sobre isso. Recomendo que quem faz, procure um psicólogo para tratar desse ódio, desse rancor em relação às frustações pelo fim do casamento ou relacionamento”, finalizou.

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