Na última segunda-feira (29), em entrevista no programa Conexão Rondoniaovivo, apresentado pelo jornalista Ivan Frazão, a presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Porto Velho, Joana Joanora, levantou a possibilidade da Avenida Sete de Setembro voltar a ser mão dupla.
A mudança para sentido único (Centro-Bairro) foi feita há mais de 30 anos. Segundo ela, a mão dupla em uma das principais vias da capital só traria benefícios.
“As pessoas podem vir do bairro mais fácil ou sair do centro mais rápido. É estudo. A Semtran vai ver que tudo isso é uma necessidade. Vamos levar isso para as próximas reuniões”, afirmou ela.
Em conversa com a equipe de reportagem, o secretário municipal de Transportes e Trânsito, Ronaldo Flores, negou que a medida esteja próxima de acontecer.
“Não há estudos por parte da Semtran nesse sentido”, limitou-se a dizer.
Lados
A suposta mudança divide opiniões na Sete de Setembro. O vendedor de sucos e vitaminas, Fabiano Brito é a favor.
“Acho que vai aumentar o movimento. Muita gente deixa de vir ao Centro por não ter onde estacionar. Será um benefício pra todo mundo”, disse ele.
Já o vendedor de calçados William Lima acredita que não haverá benefícios com a ação.
“A Sete já é bagunçada sendo mão única. Imagina se for mão dupla. Vai virar um caos no trânsito e até pra gente trabalhar”.
Revitalização
Outro ponto levantado pela presidente da CDL foi a revitalização da Sete de Setembro, que segundo ela, tem muitos problemas.
“Já estávamos conversando com o prefeito Hildon [Chaves] sobre a revitalização da Sete. Mas veio a pandemia e parou. Para o ano de 2022, a CDL quer retomar. Ela se tornou um centro comercial com muitos problemas. Um deles, que temos que ver com a Semtran é o corredor de ônibus. O lado direito de quem vem do rio se tornou inviável”, destacou Joana Joanora.
Segundo ela, algumas categorias também têm contribuído para a falta de fluidez no trânsito da via.
“Outro problema que temos são os mototáxis. Eles têm os locais demarcados, mas eles ficam em qualquer lugar. Os aplicativos estacionam ou param em pontos que não são permitidos. Os vendedores ambulantes estão colocando as barracas em qualquer lugar. Isso atrapalha. Devem colocar todo mundo nos seus devidos lugares”.