A prisão de quatro membros da Liga dos Camponeses Pobres – LCP dentro de uma área da fazenda Nossa Senhora, na cidade de Chupinguaia, interior de Rondônia, em maio desse ano, gerou protestos contra o governador Marcos Rocha do outro lado do planeta.
Na cidade de Tampere, localizada na Finlândia, que fica ao Norte da Europa e considerada pela ONU como o 11º país em qualidade de vida entre todas as nações da terra, um protesto no último mês de junho pediu a liberdade dos presos e atacou diretamente o governador e seu secretário de segurança.
O protesto contou com poucas pessoas e os manifestantes estenderam uma faixa com a frase “Solidariedade com o movimento camponês revolucionário no Brasil! VIVA A LCP!”, assim como um cartaz com a foto dos quatro camponeses presos e outros escritos “Marcos Rocha é um assassino!” e “Cisneiro Pacha é um assassino!”.
Guerra em Rondônia
De acordo com Secretário de Assuntos Fundiários do Ministério da Justiça, Nabhan Garcia, em entrevista concedida à revista VEJA, a LCP é um entidade que utiliza táticas de guerrilha na invasão de propriedades consideradas por eles como ‘grandes latifúndios inativos’.
Geralmente são acusados de uso de ações violentas contra fazendeiros e pessoas que trabalham nessas propriedades. Contra membros da LCP paira a suspeita pelo assassinato de dois policiais militares na capital.
O governador Marcos Rocha e sua equipe de segurança vem dando ênfase no enfrentamento à grupamentos e movimentos sem terras com o apoio do presidente Jair Bolsonaro, que enviou tropas da Força Nacional para o Estado.
Os conflitos no campo em Rondônia vem gerando mortes, prisões e confrontos há décadas.
Protestos solicitando a liberdade dos acampados presos pela polícia de Rondônia também foram realizados nos Estados Unidos, França e Noruega.