Ensino público de Jacinópolis pede socorro

Em recente visita da Direção do Sintero ao local, constatou-se que os gestores públicos dispensam pouca ou nenhuma atenção àquela população.

Ensino público de Jacinópolis pede socorro

Foto: Divulgação

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Uma população esquecida que pede socorro. Assim pode ser definida a situação dos moradores da localidade denominada Jacinópolis, localizada a 60 quilômetros de Buritis, por onde o acesso é menos difícil, mas que pertence ao município de Nova Mamoré.

Em recente visita da Direção do Sintero ao local, constatou-se que os gestores públicos dispensam pouca ou nenhuma atenção àquela população.

Conforme constataram o secretário de Imprensa e Divulgação do Sintero, José Augusto Neto, e o diretor da Regional Estanho, Manoel Nascimento dos Santos, a situação é mais crítica para os trabalhadores em educação e para os estudantes, que convivem com uma situação de precariedade extrema na Escola de Ensino Fundamental e Médio Pedro Mendes Cardoso.

O governo do estado até iniciou a obra de construção de um novo prédio para a escola com prazo de um ano para ser concluída, mas enquanto essa nova realidade não chega, a comunidade escolar de Jacinópolis convive com a total falta de condições de trabalho e de aprendizado.

A escola pertence à área territorial de Nova Mamoré, mas está sob a responsabilidade da Coordenadoria Regional de Ensino de Buritis.

Entre os problemas verificados estão a precariedade do prédio da escola, que foi construído em madeira pela comunidade e atende a mais de 460 alunos.

O local é infestado de insetos, alaga quando chove, não possui iluminação, não tem ventilação, possui sanitários improvisados, falta material de expediente, e devido à dificuldade de convencer profissionais a trabalharem no local, o governo implantou o sistema de mediação tecnológica. No entanto, a escola não possui internet para receber o conteúdo. Para solucionar o problema os servidores custeiam do próprio bolso a aquisição de sinal de internet para poderem trabalhar no local.

Além de todas essas adversidades, servidores e alunos reclamam do intenso barulho e do lamaçal, ocasionados pela obra da futura escola, e da superlotação da sala de aula, que chega a abrigar 58 estudantes.

Uma das principais reivindicações, no momento, além de melhores condições de trabalho, é a implantação da gratificação de difícil provimento, que segundo os trabalhadores não é paga.

A direção do Sintero, como representante dos trabalhadores em educação, recolheu material suficiente para um relatório a ser encaminhado à Seduc, e com isso, pedir que sejam adotadas as providências necessárias.

Sem condições de trabalho e de aprendizado, a escola atende a 460 alunos, mas conta apenas com uma pessoa na direção, uma zeladora, uma merendeira e uma pessoa na secretaria.

O presidente do Sintero, Manoel Rodrigues da Silva, considerou gravíssima a situação em Jacinópolis. “Não se pode admitir que em pleno século 21, em que se busca a melhoria dos índices da educação, que tenhamos, em Rondônia, localidades em que as coisas ainda funcionam como se estivéssemos na idade da pedra”, disse. "Os trabalhadores em educação, os estudantes e a população de Jacinópolis merecem atenção e respeito", finalizou.

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