Secretário diz que sofre retaliações por não ceder à propostas indecorosas
Foto: Divulgação
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Após publicação com exclusividade pelo Rondoniaovivo de ação do Ministério Público na Semad - Secretaria Municipal de Administração, o professor Mario Medeiros disse que sofre chantagem de empresários que perderam a licitação e querem atrapalhar o processo, com denuncia contra sua pessoa aos fiscais diligentes da lei.
Porém, esquece-se o secretário que como gestor público, deveria ter obrigação de, logo na primeira ação dos empresários de TI, que supostamente estão fazendo pressão para ganhar contrato a força, era ter feito denuncia, sob pena do próprio secretário ser denunciado por prevaricação no exercicio da função pública. Seria interessante o Promotor de Justiça que investiga o caso, pedir para o secretário os nomes do empresários que estão agindo de má fé.
Fontes do Rondoniaovivo confirmam que o contrato da empresa Ajucel, que mantém com a Assembleia Legislativa de Rondônia também é alvo de investigação. Há anos a empresa fornece programas que hoje estão disponiveis no mercado, quando não "livres", de valor muito inferior ao praticado pela Ajucel em contratos públicos na região norte.
Confira reportagem publicada no Tudorondonia sobre o caso da AJUCEL.
O secretário municipal de administração da prefeitura de Porto Velho, Mário Medeiros, disse na tarde desta quinta-feira (4) que a denúncia ao Ministério Público de Rondônia sobre suposta irregularidade no contrato de prestação de serviços de informática da empresa Ajucel com o Município foi feita por pessoas ( quem?) que querem tomar o contrato à força.
“Eu disse textualmente a eles ( quem?) que não permitiria porque os procedimentos para acessar o serviço público para prestar serviços é a licitação. O mesmo grupo participou da licitação que está em curso e apresentou proposta inexequível. Tentou ganhar a licitação com uma proposta correspondente a apenas 30% daquilo que foi cotado pela prefeitura para esse novo contrato que estamos em fase de licitação”, disse Medeiros.
Para o contrato emergencial, objeto de outra denúncia, o grupo ofertou outro preço que não dava nenhuma condição de ser executado, “inclusive com ofertas anteriores de propinas às pessoas que movimentam esses contratos aqui na prefeitura”. O secretário foi enfático ao dizer a eles que dessa forma não entrariam na prefeitura. “Vão entrar se ganhar a licitação”, avisou. Magoados com isso, eles foram até o Ministério Público para fazer a denúncia.
Medeiros também informou que não conhece o teor da denúncia, mas já acionou a Procuradoria Geral do Município (PGM) para se inteirar do processo para apresentar a defesa. Posteriormente soube que a denúncia era absolutamente pessoal, contra a sua pessoa. “Disseram ( quem?) que iam fazer de tudo para me incriminar nesse contrato”, lembra o representante da Semad.
“Sou um agente público, tenho deveres para com os órgãos de fiscalização, controle e para com a justiça, sempre estarei a disposição para prestar as informações e os esclarecimentos que couberem. Nunca vou me curvar a interesses outros ou pressão deste ou daquele grupo ( qual?) para mudar o curso daquilo que eu entendo que é o caminho da probidade”, enfatiza.
Para Medeiros é absolutamente impróprio e tendencioso alguém querer vincular esses procedimentos à figura do prefeito Mauro Nazif. O contrato é exclusivo da Secretaria de Administração. Cada secretário tem total autonomia para gerenciar os contratos de suas pastas “e pelos meus atos respondo eu. Estou com a minha consciência tranquila”.
Ainda de acordo com o secretário da Semad, ele não troca 1% do seu caráter por 100% do caráter daqueles que o denunciaram. “Sei muito bem quem eles são. Hoje, infelizmente, a sociedade está com os valores invertidos, onde o bandido é quem denuncia o cidadão de bem”, lamentou, mas prefere não citar nomes.
Por fim, acrescentou que “o projeto de gestão do Dr. Mauro é agir com probidade, respeito absoluto com o dinheiro público, pelo cidadão, pelos servidores e ninguém vai abrir mão dessa trajetória”.
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