Fiero mobiliza setor produtivo em apoio a movimento pró BR – 319
Foto: Divulgação
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O presidente da Fiero, Marcelo Thomé, disse, nesta quarta-feira, que vai mobilizar os empresários da indústria para uma reunião na próxima semana, quando deverá ser organizada a participação do segmento na Caravana Pró BR-319, que deve sair de Porto velho no próximo dia 26 e percorrer toda a extensão da rodovia até Manaus (AM). Thomé também expediu correspondência a todos os presidentes de Federação das Indústrias na região Norte, solicitando apoio ao Movimento Pró reabertura da BR-319.
Durante audiência pública nesta segunda-feira, na Assembleia Legislativa de Rondônia para debater o assunto, o vice-presidente de Desenvolvimento Econômico da Fiero, empresário Adélio Barofaldi representou o presidente da entidade Marcelo Thomé. Na oportunidade, debateu-se a necessidade de reabertura da BR-319, proporcionando a interligação terrestre entre os estados de Rondônia e do Amazonas. A audiência proposta por parlamentares de Rondônia, dentre eles o presidente Maurão de Carvalho, contou também com a participação dos deputados estadual Francisco Souza e Pratiny Soares, do Amazonas. Os empresários Maurílio Vasconcelos e Alan Gurgel, vice-presidente institucional e diretor-tesoureiro da Fiero, respectivamente, também participaram da audiência pública.
Barofaldi destacou a importância econômica da BR-319 para Rondônia, para o Amazonas e para o país. “Esta ligação representa um novo momento na economia dos dois Estados. Rondônia tem muita força no setor produtivo e o Amazonas é um grande mercado consumidor, que poderia absorver parte da nossa produção. O setor produtivo não entende o motivo da não conclusão da estrada. Segundo Barofaldi, muitas famílias vivem naquela região e aguardam a reabertura da estrada para voltar a circular ônibus e poder escoar a produção. A falta do transporte rodoviário impede o comércio interestadual entre Rondônia e Amazonas, pois enviados por balsa perderiam a validade e a competitividade”, acrescentou.
Segundo o presidente da Fiero, Marcelo Thomé, transpor os 900 quilômetros da rodovia até Manaus é muito mais barato do que escoar a produção para São Paulo e enfrentar 3.200 quilômetros de estradas. Adélio colocou a Fiero à disposição e disse que a instituição está criando uma comissão para acompanhar o andamento deste processo. Outro fator relevante que deve ser ressaltado é que se trata de restauração de uma rodovia já implantada, desta forma, as questões ambientais devem ser examinadas sobre essa ótica e não sobre o prisma da complexidade do licenciamento de uma nova rodovia.
O próximo passo do movimento será a realização de uma caravana para percorrer toda a extensão da rodovia, no próximo dia 26, para qual a Fiero está convidando representantes do setor produtivo, e contará ainda com a participação de parlamentares estaduais e federais, técnicos das diversas áreas governamentais.
A caravana vai sair de Porto Velho com o objetivo de chegar a Manaus e mostrar que a rodovia é viável. “É preciso apenas que o Poder Público de Rondônia e do Amazonas e o Governo Federal tomar a decisão de reabrir a estrada, pois junto com a Hidrovia do Madeira vai compor o modal de transporte capaz de escoar os produtos de Rondônia para o mercado consumidor de dois milhões de habitantes que é Manaus e dali, naturalmente, partir para outros mercados e conta ainda com facilidade de acesso ao Atlântico via rio Amazonas” argumentou.
A Rodovia BR 319, entre Porto Velho e Manaus tem uma extensão de 877 Km e foi construída na década de 1970, com o objetivo de integrar Roraima e Amazonas ao resto do País. Há mais de 30 anos a rodovia deixou de receber a adequada manutenção, e hoje está intransitável. A rodovia possui condições trafegáveis entre Porto Velho e Humaitá, com extensão de 193 Km e entre Manaus (km 13) até a divisa de Manicoré (Km 198), cerca de 185,00 Km. Em resumo faltam menos de 500 Km para serem restaurados.
De acordo com informações do Departamento Nacional de Infra Estrutura de Transportes – DNIT, o custo estimado para a restauração seria na ordem de 349 milhões reais. Comparado com a redução de custos no transporte de cargas entre Porto Velho x Manaus x Porto Velho há uma inequívoca viabilidade econômica, pois a redução do custo de transporte será na ordem de 50%.
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