Metade dos reabilitados pela fisioterapia no Cero é de acidentados com motos
Foto: Divulgação
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A queda de moto não causou lesões cruéis em Sueli Gonçalves, 58 anos, viúva, mãe de três filhos, mas a deixou sem trabalhar desde o dia 28 de abril. No acidente ela quebrou o pulso esquerdo, essencial para exercer o ofício de costureira.
Sueli é uma das dezenas de vítimas de acidentados que buscam no Centro de Reabilitação de Rondônia (Cero), em Porto Velho, a maneira mais prática e saudável para retornar à vida normal.
“Minha dor ainda é grande, mas hei de melhorar”, disse ela nessa terça-feira (25) ao narrar como foi socorrida.
O Cero completará em outubro um ano de atividades em sede própria, na esquina das ruas Petrolina e Barão do Amazonas, no bairro Mariana, na zona Leste de Porto Velho.
“O gargalo aqui ainda são os acidentes de trânsito”, informou o coordenador, Yargo Machado.
A clientela da fisioterapia é formada, principalmente, por vítimas de acidentes com motos, automóveis, bicicletas e caminhões. Pelo menos a metade dos 5.972 atendimentos de adultos, entre os meses de janeiro a julho deste ano, foi de acidentados com motos.
O recorde de pacientes vítimas de acidentes de motos ocorreu em maio (1.103), reduzindo para 760 em junho; e novamente crescendo em julho (923). Na Capital, para cada acidente com carro ocorrem pelo menos dez com motocicletas.
Sueli Gonçalves estava de carona, a caminho de casa, na garupa da moto pilotada pelo sobrinho Vanderlei, que ao acelerar numa poça d’água, bateu numa pedra, num buraco, e tombou. O acidente ocorreu na Linha Mineiro, no Setor Chacareiro Vale do Sol, também na zona Leste.
“Fiquei 90 dias com o braço engessado, o médico mandou tirar no dia 8 do mês passado e daí vim pra cá [para o Cero]”, relatou.
Antes, devido à descalcificação no pulmão, ela havia passado pela Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da zona Leste, Pronto-Socorro João Paulo II, Policlínica Oswaldo Cruz e Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron). “Nove meses de tratamento, Senhor, e ainda me aconteceu essa queda”, lamentou.
Ela disse que quer voltar logo a costurar vestidos e outras roupas de festas. Seu expediente diário é das 13h às 18h. Pela manhã, vinha cuidando de plantas e animais no lote onde mora.
Desde que chegou ao Cero Sueli não perde uma única sessão de fisioterapia, sempre ao lado de outras vítimas de trânsito da Capital.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!