Na noite de segunda, 21, acadêmicos da Facimed, unidades 2 fizeram o “trote” com os novos alunos da instituição. Nem todos acadêmicos que iniciaram suas aulas participaram, mas o clima de terror e medo pairou pelos novos alunos que iniciaram suas aulas na
Foto: Divulgação
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O trote é uma prática onde os acadêmicos mais antigos das faculdades recepcionam os alunos novatos, chamados de calouros. Esta atividade é cheia de polêmicas devido aos excessos que ocorrem durante a “brincadeira” que os veteranos proporcionam aos calouros.
Na noite de segunda, 21, acadêmicos da Facimed, unidades 2 fizeram o “trote” com os novos alunos da instituição. Nem todos acadêmicos que iniciaram suas aulas participaram, mas o clima de terror e medo pairou pelos novos alunos que iniciaram suas aulas na instituição.
A Facimed, através de comunicado oficial, afirmou ser contra este tipo de prática por parte dos acadêmicos. Afirmou ainda que proíbe o trote dentro da instituição e que a direção da faculdade, juntamente com os professores e demais funcionários, se preocupou com a possibilidade do trote ocorrer.
De acordo com o comunicado a Facimed pediu apoio a Polícia Militar que se manteve durante bom tempo em frente à instituição para garantir que nenhum ato ilegal ocorresse. Outra atitude que a faculdade teve foi de proibir e até apreender quaisquer tipos de materiais que pudessem ser utilizados na hostilização dos novos acadêmicos, como tintas, sprays ou acessórios vexaminosos, dentro da instituição.
De acordo com os novos acadêmicos, os professores perguntaram nas salas se eles gostariam de ir embora alguns minutos mais cedo, já que muitos estavam assustados com as ameaças que os veteranos fizeram, inclusive dentro das salas de aula.
Entretanto, do lado de fora da instituição, a Facimed não tem poderes para conter os alunos. O que se viu foram acadêmicos nas ruas próximas à faculdade, bebendo e hostilizando os novatos onde, alguns, tiveram corpos pintados com tintas, creolina e batom, além de terem suas roupas cortadas e rasgadas e alguns pertences desapareceram.
A hostilização ainda parte para o lado psicológico onde os novatos são chamados de “bichos” e são destratados como seres humanos sendo obrigados a fazer atividades humilhantes.
O fato que mais chamou a atenção foi de um acadêmico de Alvorada D’Oeste que veio com um ônibus fretado que teve suas roupas quase totalmente rasgadas, foi pintado e ainda lhe foi dado bebidas alcoólicas para ingestão. O resultado foi que o mesmo perdeu a consciência e o receio tomou conta dos acadêmicos veteranos que até ficaram revoltados com a presença da imprensa no local.
O ônibus para Alvorada D’Oeste já estava de partida e o jovem, que preferimos não identificar, estava em alto grau de embriaguez.
No local do trote havia muita sujeira, latas de cerveja e garrafas de bebidas. Familiares foram até a faculdade buscar os filhos por receio do trote. “Minha mãe vem me buscar. Ela está muito assustada e preocupada”, afirmou uma acadêmica.
A Facimed em nota oficial afirmou ainda aprovar somente a prática do chamado “Trote Solidário”, que consiste em arrecadações como alimentos, vestuário, sangue para o Hemocentro ou algo que beneficie a comunidade.
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