Com 135 leitos ortopédicos, sendo 15 exclusivos para o sexo feminino e 19 cirurgiões trauma-ortopédicos que operam todos os dias da semana seguindo escala organizada pela gerência médica, o Hospital de Base Ary Pinheiro realizou mais de 2.000 cirurgias ortopédicas no primeiro semestre deste ano, segundo o diretor geral da unidade, médico Nilson Paniágua.
De acordo com Paniágua, após a indicação médica e o encaminhamento para cirurgia, no máximo em sete dias, o paciente do Sistema Único de Saúde (SUS) é internado, salvo emergências. Após a internação, no máximo em dois dias, os exames de risco cirúrgicos são realizados.
"É determinação do governador Confúcio Moura, a agilidade nos procedimentos cirúrgicos. Recebemos pacientes de todo o estado, e de estados vizinhos, em busca de atendimentos médicos. A demanda nas cirurgias ortopédicas é grande, mais temos uma equipe médica qualificada que opera 24 horas. A unidade também possui um convênio com o Instituto Brasileiro de Políticas Públicas do Rio de Janeiro (Ibrapp) que mantém médicos realizando cirurgias ortopédicas todos os dias”, informa o diretor.
O secretário de Saúde, Williames Pimentel, destaca que o aumento no numero de acidentes de trânsito, tanto na capital quanto no interior, influencia no fluxo de pacientes. Cerca de 80% dos pacientes que apresentam traumas-ortopédicos são motociclistas, conforme estatísticas. “A fiscalização e a conscientização são caminhos para diminuir o número de usuários do SUS”, finalizou.
Exames
Antes dos procedimentos cirúrgicos, todos os pacientes passam por avaliação cardiológica que inclui os exames de eletrocardiograma (ECG), hemograma completo, creatinina, glicemia, coagulograma e aqueles com histórico de acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo no miocárdio, diabetes, hipertensão arterial severa (HAS), entre outros.
Ainda, segundo o diretor, medico poderá solicitar exames adicionais para uma avaliação mais detalhada, o que diminui os riscos no procedimento.
Cirurgias ortopédicas
O Hospital de Base realiza, em média, 326 cirurgias ortopédicas por mês. A proposta do governo é de aumentar o número de procedimentos, através da contratação de novos médicos ortopedistas, enfermeiros, e técnico de enfermagem.
Pacientes
Satisfação nos atendimentos, a paciente Carla Garcia Brilhante, de 35 anos, mora no bairro Mariana em Porto Velho e sofreu um acidente de moto no inicio do mês. Ela conta que sofreu vários traumas e, no mesmo dia, foi operada no Pronto Socorro João Paulo II, em seguida, transferida para o HB, onde também passou por cirurgia. “Estou muito feliz. Fui bem atendida e estou me recuperando. Confesso que estava preocupada quanto ao tempo de espera, mas consegui fazer todas as cirurgias. Agora espero apenas a alta médica para ir para casa. Mas deixo meu agradecimento aos profissionais da unidade”, disse.
Assim foi com o paciente Marcos Vinicius Oliveira, de 37 anos, morador do bairro São Cristóvão, também é vítima de acidente de transito. “Recebi os primeiros socorro no João Paulo, mas logo fui encaminhado ao Hospital de Base. Sofri fratura de bacia e joelho. Logo que cheguei no Hospital de Base fui operado, nunca tinha sido internado em nenhum hospital, mas sempre ouvi dizer que hospital público não é bom, estou admirado com a acolhida dos funcionários tanto do Pronto Socorro quanto do Hospital. A enfermaria que estou tem ar condicionado, televisão, o atendimento que estão me dando considero de primeira, como dizem por aí, sou paciente vip, só tenho a agradecer ao governador Confúcio Moura pelo trabalho que ele está fazendo na saúde do estado”.
"É assim que queremos, pacientes contentes com os atendimentos, pouco tempo de espera para cirurgias e saúde com qualidade, rapidez e conforto para os nossos usuários”, finalizou Pimentel.