|
Marcos Antônio Domingues Teixeira (diretor/presidente do IPRO) e Claude Misson, Embaixador da Bélgica.
|
O embaixador da Bélgica, Claude Misson, esteve na última quinta-feira (27) visitando e conhecendo o Instituto de Pesquisa de Rondönia (IPRO), onde falou com o Diretor/Presidente Marco Antônio Domingues Teixeira e a Diretora Financeira Nayara Coura, onde apresentou as diretrizes da instituição no campo da pesquisa no Estado e os serviços mantidos.
O encontro, realizado na sede, contou também com a participação da professora Valéria de Oliveira, relações internacionais do IPRO. Na ocasião entre os temas tratados, Marco Antônio Domingues Teixeira falou sobre o campo de pesquisa e assistência feita junto aos quilombolas, ribeirinhos e trabalhos de reassocialização com apenados.
Muito prestativo e solicito, Claude fez inúmeras perguntas sobre o campo de pesquisa, a maneira como é feita e buscou conhecer ponto a ponto os trabalhos desenvolvidos pelo IPRO.
Atualmente o instituto atua em alguns municípios, trabalhando com capacitação para geração de emprego e renda, realizando oficinas e treinamentos nas mais diversas áreas do conhecimento. O campo de atuação atinge áreas de fronteiras, mais isoladas, longínquas, exemplos de municípios como Costa Marques, Guajará-Mirim e Pimenteiras.
Um dos pontos de interesse do embaixador belga foi em relação ao trabalho desenvolvido com os grupos indígenas da região, no que o professor Marco Antônio Domingues Teixeira ressaltou a importância da parceria com Universidade Estadual do Amazonas e as atividades exercidas com as etnias Karitianas e Suruí. Marcos explicou que são 50 comunidades indígenas que existem no Estado e fez pequenos relatos históricos da cultura deles e o processo de descoberta, com o exercício de resgatar ou manter as tradições desses povos.
Outro destaque foi o processo de atividades aplicadas junto aos quilombos que existem em Rondônia. De acordo com o diretor e presidente do IPRO, são 12 comunidades de quilombolas que existem, sendo que o de Santo Antônio do Guaporé é o mais antigo, com cerca de 200 anos.
Em um questionamento mais delicado, o professor Marco Antônio Domingues Teixeira falou sobre as mazelas que permeiam a capital rondoniense, o processo migratório e os dissabores sociais impetrados pela falta de estrutura sócio-educacional. O processo degradante do garimpo, a herança maculada principalmente nas zonas periféricas da cidade, com o baixo nível social que ainda é mantido pelo tráfico de drogas e a onda de violência que atinge a zona Leste, por exemplo.
Atento as explicações de Marcos Teixeira, o embaixador Claude disse terficado impressionado pela forma como estava aprendendo um pouco mais sobre Rondônia, sua história e cultura, mas principalmente por ver um Estado rico de pessoas que acreditam na sua potencialidade .
PRESENTES
Em meio ao encontro o empresário Mário Schwaab, da Decupuaçu, presentou o embaixador Claude com um cesto cheio de produtos cuja matéria prima são extraídas da região, manufaturadas por uma empresa da Alemanha e depois comercializadas. São produtos de higiene e comésticos que tem sua base em polpas de cupuaçu, que se transformam em xampus, cremes, manteiga, óleo e sabonetes.
O empresário falou sobre as cooperativas mantidas em alguns municípios e o método de padrão imposto pela fábrica alemã que mantém a qualidade da matéria prima local como uma das mais bem vistas no Brasil.
Maravilhado com os produtos, Claude agradeceu o presente e ressaltou a importância na manutenção dessas cooperativas.
Ao final do encontro o embaixador foi agraciado com mais presentes, entre eles livros do professor Marco Antônio Domingues Teixeira e uma caixa com bombons regionais.
Marcos Teixeira agradeceu a visita do embaixador e destacou a importância do encontro, mostrando as atividades e o exercício pleno do Instituto de Pesquisa de Rondönia, como um braço essencial para angariar pesquisas e manter trabalhos com parceiros que acreditam no potencial do Estado e de seus pesquisadores.