USINAS - Ministro de Minas e Energia aponta que revolta em Jirau foi vandalismo de infiltrados
Foto: Divulgação
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Os conflitos que ocorrem no canteiro de obras da hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira (RO), com paralisação de funcionários e vandalismo, foi obra de um pequeno grupo de infiltrados, afirmou nesta terça-feira o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.
Em março, funcionários de Jirau entraram em greve por 24 dias. Depois, um incêndio provocado destruiu alojamentos na obra, no começo de abril. Pelo menos mil operários da obra foram demitidos.
O ministro criticou a revolta, afirmando que não havia uma reivindicação, apenas um ato de vandalismo feito por pessoas que não eram operários da obra. "Eles pretendiam exclusivamente agitar o meio de trabalho naquela hidrelétrica", disse.
A Força Nacional de Segurança foi acionada para acompanhar a situação em Jirau. O canteiro da usina de Santo Antônio, também no rio Madeira, está mais calmo, mas vive os reflexos da instabilidade em Jirau. A Santo Antônio Energia já parou a obra para evitar conflitos.
"Não podemos permitir que desordeiros atrapalhem o interesse nacional, tornem a conta de luz mais cara", disse o ministro, durante audiência pública no Senado.
CRONOGRAMA
O governo teme que as greves e atos de vandalismo comprometam o cronograma das obras e atrasem o fornecimento de energia desses empreendimentos.
O ministro defendeu o padrão das condições de trabalho nas obras de usinas no país, citando também Belo Monte. Segundo ele, os alojamentos e transportes têm ar condicionado e os funcionários viajam três vezes por ano para as cidades de origem.
"Isso não existe em nenhum lugar no mundo além do Brasil. Só o Brasil adota cuidados especiais com seus funcionários."
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