ONU alerta onda de violência contra Jornalistas e Ativistas - Por João Serra Cipriano
Foto: Divulgação
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Este mês a Organização das Nações Unidas - ONU divulgou um alerta mundial para que os governos providenciem em seus países um plano nacional de segurança publica a fim de garantir aos jornalistas e ativistas sociais um mínimo de garantia de vida, haja vista, a crescente onda de violência contra esses agentes da sociedade civil, mesmo em regiões do planeta que não se encontra em guerra. Os dados sob o controle das entidades internacionais expõem números preocupantes aqui na América do Sul e também colocam em duvida os valores governamentais de garantias de direitos humanos, além de comprovar em alguns casos, governos que usufruem da “democracia”, porém praticam gestões truculentas, dissimuladas e omissas contra membros da sociedade civil ligados nas grandes lutas sociais e liberdade de imprensa.
Em especial no Brasil, crescem as violências e pressões contra os jornalistas e ativistas, justamente pelas mãos de “políticos regionais”, que se acham acima da ordem e da lei. Os tais “coronéis políticos regionais” têm mando sobre as forças policiais, têm poder econômico com a contratação de homens armados, têm influência sobre os governos centrais e agem em parceria com os membros de seus secretários, que usufruem do erário. Outros casos são grandes latifundiários, que são acobertados por forças políticas regionais.
Apesar do Brasil não estar em guerra civil, os dados coloca a nação como uma área de grande risco, em razão da impunidade, em razão da falta de investigações dos assassinatos e pala força do dinheiro e poder político dos mandatários de pistolagens contra os jornalistas e ativistas sociais. As ações de lutar contra a corrupção e os grandes grupos econômicos que avançam contra o meio ambiente, por si só, já assinala profissão de risco. Era comum o uso do poder econômico para intimidar as investigações ou exercício da profissão, porém os métodos foram aperfeiçoados para a brutalidade contra a vida humana, tudo pela certeza da impunidade ou quanto muito, a certeza da condenação dos executores e mercenários e jamais dos graúdos mandantes. As barbáries dos números de assassinatos no Brasil na última década relatam estatísticas de 400 mil cidadãos executados por arma de fogo, sem qualquer chance de lutar pela vida humana, ou até alcançar um hospital. Os dados de execuções sumárias por arma de fogo no Brasil foram publicados pela ONU e também faz parte dos relatórios dos Ministérios da Saúde e Justiça.
Estamos experimentando um momento muito perigoso da democracia brasileira, tão ruim, quanto o período da ditadura, já que naquela época o inimigo vinha fardado, com carro oficial e agora, o inimigo vem como pistoleiro, de forma mais covarde, sem deixar rastro, e muitos, a serviço dos grandes grupos políticos regionais. Atualmente o mal feito vem em forma de violência urbana, subprodutos das drogas, da corrupção e pelas mãos dos novos “gangsteres”, alertando, sob a proteção de agentes revestidos de mandatos e grandes cargos públicos. As formas operantes a que a ONU se refere, é o uso de milícias de militares assassinos, de mercenários de guerra e pistoleiros, cuja única obra é calar a boca de jornalistas e ativistas.
Pior que o alerta mundial emitido pela ONU, é que no Brasil e demais países da América Central e do Sul, é que até agora, não foram apresentados quaisquer planos ou programas de governo para punir as milícias, os agentes de pistolagens e ou a construção de uma força tarefa para levantar uma cadeia de informação e investigação do “Estado” contra a onda desses tipos de crimes.
Gângster: é um termo nem sempre usado para definir um membro de uma quadrilha. Uma organização criminosa semelhante à máfia.
POLÍTICO GÂNGSTER: é quando deixa de trabalhar pelo bem comum e passa a gerar esquemas com erário para o enriquecimento próprio. Quando forma quadrinha de empreiteiros e fornecedores para saquear os recursos em obras mal feitas, em serviços sociais só na nota fiscal, compras de produtos vencidos ou que nunca são entregues para o bem comum. Quando usa o mandato para fazer da coisa pública um trampolim para os seus negócios privados. Quando as suas ideias são as únicas que devem prevalecer. Quando os seus adversários de propostas e projetos sociais passam a ser considerados inimigos. Quando a imprensa é encarada como subversiva. Quando não aceita sentar civilizadamente e ouvir o contraditório. Quando todos os que divergem de seus governos, inclusive o jornalista é eterno inimigo.
Jornalista: João Serra Cipriano - Email: ciprianoserra@yahoo.com.br
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