A recente decisão da Justiça Federal em incluir nos limites da reserva indígena Kaxarari áreas tradicionais que ficaram de fora de demarcação anterior foi motivo de festa entre os indígenas. (veja aqui)
Em entrevista ao Rondoniaovivo, um dos lideres da nação indígena, Ary Kaxarari disse esta reivindicação é muito antiga, ainda da geração passada.
Entre as áreas que ficaram de fora da antiga demarcação estão o Lago de Takwatxa; a Maloquinha do Mukãpu; as árvores sagradas; o Kupa (símbolo da medicina e encontro com os espíritos); a antiga maloca Tseruwã; o local chamado de Mushalawy (pai das castanheiras), onde está o pé da primeira castanheira; entre outros locais
“Sabemos que muitas dessas áreas foram degradadas. O local que os antigos faziam “paçoca” foi destruído. Em outro local foram quebrados nossos vasos de cerâmicas. Boa parte da floresta virou pasto de grandes fazendas, principalmente no sul do Amazonas” afirmar o líder indígena.
Ary disse também que a comunidade não tem noção de quantos hectares podem ser incorporados na nova demarcação e teme por possíveis conflitos com grandes proprietários de terras que terão suas fazendas “perdidas”.
“Nós Kaxarari só temos a agradecer o trabalho do MPF e Justiça Federal. Estamos realizando um sonho” afirma Ari que vai aguardar o final do processo de revisão que será feito pela Fundação Nacional do Índio (Funai) para a comunidade visitar estes locais. A conclusão do processo vai levar 120 dias.
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